A Merlin Propreties, atual proprietária do edifício Monumental, em Lisboa, não vê “viabilidade de reabrir o cinema” que ali continua a existir. O espaço fechou em 2019 e era explorado pela Medeia Filmes, do produtor Paulo Branco.

“Entre o forte investimento que é necessário fazer no espaço e o momento difícil que o setor atravessa, não vemos a viabilidade de reabrir o cinema”, esclarece a agência de comunicação da Merlin Properties, ao Observador, por e-mail. Encontrar um novo operador está fora de questão, garante a mesma fonte da empresa espanhola dedicada ao mercado imobiliário.

Monumental. Um edifício histórico de Lisboa à procura do século XXI

Havia a expectativa de que o cinema lisboeta retomasse atividade depois das obras de remodelação do prédio — aliás, aquando do encerramento o produtor chegou a anunciar o regresso da sua exibidora após a reabertura do edifício. Na época, também a empresa espanhola revelava intenção de manter a exploração de cinema, reportava a Agência Lusa.

Em declarações ao jornal Sol, em setembro de 2020, quando foi noticiado que o espaço ia ser maioritariamente ocupado por escritórios do banco BPI, a Merlin Properties garantiu que “não houve qualquer intervenção [nas salas de cinema]”. Três anos depois, garantem ao Observador: “a melhoria que fizemos no edifício não afetou o espaço do cinema”. Atualmente, “os espaços permanecem vazios e atualmente não são utilizados”, adiantam. O cinema Monumental tem quatro salas de cinema, sendo uma delas o cineteatro com 378 lugares. Abriu ainda enquanto teatro, em 1951, e foi durante décadas uma das salas de espectáculos de referência em Lisboa.

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