A reunião, que deverá ter lugar em Acra, capital do Gana, seguir-se-á à decisão tomada na quinta-feira, numa cimeira da CEDEAO, em Abuja, de enviar a “força de reserva” da organização para restabelecer Mohamed Bazoum, o Presidente do Níger que foi derrubado por um golpe de Estado, a 26 de julho.

Após a reunião, os chefes de Estado-Maior informarão os líderes da CEDEAO sobre “as melhores opções” para a sua decisão de ativar e destacar a “força de reserva”, segundo estas fontes militares regionais. A CEDEAO, que continua a tentar encontrar uma solução pacífica para a crise, não especificou qualquer calendário, nem o número ou a origem das tropas que compõem a sua “força de reserva”.

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O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, prometeu na quinta-feira enviar entre 850 e 1.100 soldados para contribuir para a força, que, segundo ele, poderá intervir “o mais rapidamente possível”. As tropas nigerianas e beninenses também deverão fazer parte da força, afirmou.

Cabo Verde — um dos dois países lusófonos, a par da Guiné-Bissau, que integram a CEDEAO — já se manifestou contra a decisão: o Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, reforçou esta sexta-feira que não apoia qualquer intervenção militar no Níger e garantiu que “dificilmente” o país vai integrar uma força dessa natureza no âmbito da organização da África Ocidental.

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O Níger está sob um regime militar, que mantém o Presidente Bazoum e família detidos desde há mais de duas semanas, suspendeu a Constituição e nomeou um novo executivo.

Os membros do Governo saído desta ação militar, liderado por Ali Mahaman Lamine Zeine, é composto por 20 ministros e o seu anúncio foi utilizado para demonstrar a transição do poder naquele país africano, mas pode ser encarado como um sinal de desafio à CEDEAO.

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