Aquilo que os dois primeiros dias de Mundiais tiveram de bom, o terceiro teve de mau. Claro que, como não poderia deixar de ser, Fernando Pimenta não “falhou” na primeira final A que realizou em Duisburgo, com mais uma medalha de bronze para a coleção que só em Campeonatos do Mundo de velocidade já leva 16. No entanto, e olhando para aquilo que foi o desempenho da Seleção como em todo tendo em vista também os Jogos Olímpicos de Paris-2024, foram mais as desilusões do que propriamente as boas notícias.

Quando é por medalhas, contem sempre com ele: Pimenta conquista bronze no K1 500 dos Mundiais

“Foi um dia muito difícil, muito aquém daquilo que eram os nossos objetivos. Não fugimos às nossas responsabilidades mas as contas fazem-se no fim do ciclo olímpico. Tínhamos definido como uma das principais prioridades o apuramento dos K4 e não foi conseguido. Hoje foi um dia muito mau, francamente mau. Mas agora é analisar o que correu menos bem e continuar o trabalho”, comentara esta sexta-feira o vice-presidente da Federação para o alto rendimento, Ricardo Machado, à agência Lusa, após os sétimos lugares dos K4 masculinos e femininos que falharam assim a final A e a qualificação olímpica.

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As primeiras duas finais A a pensar nas medalhas (e nos Jogos): Kevin Santos e Teresa Portela apurados para corrida decisiva dos Mundiais

Com isso, o fim de semana acabava com a possibilidade de ganhar mais alguma(s) medalha(s) e com o foco sobretudo em três provas: o K1 1.000 com Fernando Pimenta na final A, o K1 500 com Teresa Vasconcelos na final A e os K2 500 com João Ribeiro e Messias Baptista e Joana Vasconcelos e Francisca Laia que tentavam qualificar-se para a corrida decisiva, tudo em distâncias onde estava também envolvida essa qualificação olímpica. No entanto, o primeiro ponto alto deste sábado seria outra final A, a do K1 200, com Kevin Santos a tentar dar mais um passo em frente em termos internacionais depois da conquista da medalha de ouro nos últimos Europeus (além da vitória no K2 500 mistos com Teresa Portela).

Acabou em quinto, pediu revisão e subiu onde não imaginava: Kevin Santos campeão europeu de K1 200

Tendo como principal objetivo nestes Mundiais o K4 500 que dava apuramento olímpico, sobrava agora ao atleta a final individual quase para tentar “vingar” esse insucesso numa corrida onde a embarcação nacional até passou a metade inicial da prova em terceiro mas acabou por descer a sétimo. Agora, a corrida voltou a terminar com o sabor de frustração, com uma nova avaliação ao photo finish que neste caso não valeu ao português, quarto classificado a “tocar” naquele que poderia ter sido o primeiro pódio em Mundiais.

O lituano Arturas Seja venceu a prova com 35,243, seguido do georgiano Badri Kavelashvili (35,364) e do espanhol Carlos Garrote (35,380), que parecia ter sido prata mas acabou bronze. Kevin Santos terminou com a marca de 35,656, à frente de Lewis Fletcher (Grã-Bretanha, 35,674), Balazs Birkas (35,735), Roberts Akmens (Letónia, 36,119), Gwanghee Cho (Coreia do Sul, 36,154) e Denislav Tsvetanov (Bulgária, 36,244).