Terceiro dia de Mundiais, terceiro dia com os olhos focados em Fernando Pimenta. A manhã era sobretudo apontada em Duisburgo para aquilo que as equipas de K4 poderiam fazer nas meias masculinas e femininas, com a passagem à final A e consequente possibilidade de acesso direto aos Jogos Olímpicos ainda em aberto, mas os sétimos lugares nas respetivas corridas acabaram por colocar os conjuntos nacionais na final B. Com isso, as atenções viravam-se agora para o canoísta de Ponte de Lima e a primeira decisão de 2023.

À frente do campeão do mundo e de olho nas medalhas: Fernando Pimenta garante final A de K1 500 metros

Depois do sucesso no K1 1.000 esta quinta-feira, com uma passagem tranquila e com grande confiança à final A no primeiro lugar da sua meia-final, Pimenta começou esta sexta-feira por alcançar a final do K1 500 com a segunda posição de uma corrida ganha por um dos principais adversários dos últimos anos, o húngaro Balint Kopasz. Com Adam Varga no K1 1.000, o campeão olímpico e mundial de K1 1.000 apostava tudo numa distância que, por não estar no programa dos Jogos, tinha a luta pelas medalhas como único objetivo.

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Mais uma final, mais um passo para os Jogos: Fernando Pimenta apurado para a decisão do K1 1.000 dos Mundiais

O mau tempo que se fazia sentir na Alemanha, com trovões e chuvas torrenciais a prejudicarem algumas das provas e a obrigarem à mudança de horários, acabou por ser um obstáculo extra para o português que tinha como grande meta para estes Mundiais a qualificação direta para os seus quartos Jogos Olímpicos (algo que só pode fazer através do K1 1.000). Ainda assim, tratando-se de um “animal de competição” que se sente bem melhor do que durante a preparação, quando enfrentou uma virose e depois contraiu Covid-19, uma medalha é sempre uma medalha e o português lutava por mais um pódio no K1 500, depois de ter ficado com o bronze em 2022, em Dartmouth, atrás do checo Josef Dostál e do australiano Jean van der Westhuyzen.

Mais uma medalha para uma coleção 100 palavras: Pimenta conquista medalha de bronze no K1 500 dos Mundiais

“Hoje [Quinta-feira] voltei a encontrar boas sensações durante toda a prova. Já não me senti tão ansioso como ontem [quarta-feira] mas mais tranquilo. Isso também ajuda. Sem dúvida que foi tentar não gastar muita energia, era essa o objetivo. Foi assumir a liderança sem ter de desgastar muito os braços e corpo porque amanhã [sexta-feira] o dia também vai ser bastante exigente. Agora o K1 500 vai ser um bom teste, sem dúvida. Vou com o checo campeão do mundo e com o Balint Kopasz, que é campeão olímpico de K1 1.000 e que também já foi campeão do mundo dos 500. É vir e dar o meu melhor e conseguir ficar nos três primeiros”, tinha comentado o limiano esta quinta-feira, na antecâmara da discussão da prova.

No final, repetiu-se o filme de 2022 ainda que com protagonistas diferentes, com o português a conquistar a medalha de bronze nestes Mundiais de Duisburgo. A vitória sorriu ao húngaro Balint Kopasz, que dominou desde início a corrida decisiva (1.36,262), ao passo que Jean van der Westhuyzen repetiu a prata do ano passado após passar o português na segunda metade de prova (1.36,632). Fernando Pimenta terminou com o tempo de 1.36,908, deixando fora do pódio o ex-campeão, Josef Dostal (1.37,220). Moritz Florstedt (Alemanha, 1.37,493), Timon Maurer (Áustria, 1.37,971), Rene Holten Poulsen (Dinamarca, 1.38,321), Inigo Pena (Espanha, 1.38,642) e Tommaso Freschi (Itália, 1.39,311) foram os outros finalistas.