Ao longo dos últimos anos, têm ocorrido diversos avistamentos de lobos em muitos países da Europa, maioritariamente reportados por agricultores, que perderam vários animais mortos por estes. “Estas concentrações de matilhas de lobos tornaram-se num verdadeiro perigo para o gado e também para os seres humanos”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, citado pela EuroNews. “Precisamos de atualizar as informações e dados relativamente a esta espécie, para que possamos tomar outras decisões”, garantiu. Há mais de um ano, a pónei de 30 anos de von der Leyen, Dolly, foi morta por um lobo, no nordeste da Alemanha

Os lobos, que quase entraram em extinção, começaram a ter estatuto de espécie protegida nos anos 50, quando alguns países da Europa se chegaram à frente para assegurar a sua reserva. No entanto, só em 1992 é que foi oficialmente “adotada” pela Diretiva dos Habitats da União Europeia (UE), que proíbe a sua captura e matança. Algo que pode estar prestes a mudar.

A presidente da Comissão Europeia pediu “às autoridades locais e nacionais que agissem, quando achassem necessário” e que “as comunidades, cientistas e pessoas interessadas” ajudassem a recolher dados sobre os impactos do animal, até ao dia 22 de setembro.

Já os ministros do Ambiente não parecem estar de acordo com Ursula von der Leyen. No início do ano, 12 representantes de países europeus, Portugal incluído, escreveram uma carta ao Comissário Europeu para os Assuntos Marítimos e as Pescas, Virginijus Sinkevičius, a pedir para que “não se enfraquecesse a proteção dos lobos”.

Após estas declarações, também diversas organizações e ativistas ambientais criticaram tais decisões, dizendo que os lobos continuam sob ameaça e que reduzir a sua proteção ia prejudicar a sua longevidade.

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