“Continuar a usar calças de ganga e manter o cabelo comprido”. Quando Cher foi confrontada com a questão sobre os segredos para parecer tão jovem, mesmo com os 77 anos em cima das costas, a cantora deu a resposta mais simples possível. Mas nem sempre os truques para a jovialidade se baseiam no guarda-roupa ou no corte de cabelo, e houve quem tivesse de passar por maiores esforços para manter a sua juventude viva.

Quando Carolyn Hartz diz que tem 75 anos, ninguém acredita. A sua barriga definida e a (quase) ausência de rugas na cara enganam qualquer um, numa primeira instância. No entanto, a australiana não teve de seguir os conselhos de Cher, para se manter jovem. Em vez disso, tomou uma decisão difícil e que mudou completamente a sua vida, desde há 33 anos para cá.

“Todos sabemos que, à medida que vamos envelhecendo, o nosso metabolismo vai abrandando. Isto significa que temos de assumir o controlo, fazer escolhas mais saudáveis e trabalhar mais”, disse, numa entrevista dada ao Daily Mail.

A antiga comissária de bordo, modelo e professora de etiqueta não deu preferência às saladas, nem se tornou numa gym rat (termo dado às pessoas obcecadas com o ginásio). Em vez disso, cortou relações com o açúcar, o que não foi fácil, dado que os dois eram bastante próximos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Foi muito difícil, porque era viciada em açúcar. Mas acredito que foi um dos motivos mais importantes, que me permitiram manter-me saudável e em forma”, garantiu.

O segredo? Um adoçante chamado xilitol

A mãe de três não disse completamente adeus à doçura. Ao invés disso, procurou um substituto, que possibilitasse mantê-la na sua vida: o adoçante xilitol.

Em 2002, fundou a empresa SweetLife, que a deixou conhecida como a “Senhora do Xilitol” e a “Pioneira Sem Açúcares”, por ter sido a primeira a apresentar o adoçante natural e com poucas calorias, na seu país.

A marca vende essencialmente preparados de bolos, bolachas e outras receitas, que se diferenciam das restantes pela ausência de glúten, por terem poucos hidratos de carbono, por serem “amiga dos diabéticos”, e, claro, por não terem quaisquer açúcares.

Os estudos provam que a obesidade na Austrália tem atingido níveis epidémicos e que o açúcar é o principal fator para isso”, evidenciou.

Os factos confirmam as declarações de Carolyn. Segundo dados do Australian Institute of Health and Welfare, 67%dos adultos vive com excesso de peso ou obesidade, o que representa cerca de 12.5 milhões de pessoas. Já nas crianças e adolescentes, são apenas 25%, o que correspondem a 1.2 milhões de pessoas.

Pode parecer fácil, mas a abolição de açúcares não foi o único sacrifício que Carolyn teve de fazer para garantir a sua jovialidade: “Uso protetor solar todos os dias, debaixo da maquilhagem, e nunca me bronzeio. Tenho noção dos efeitos nocivos do sol. Aliás, apercebi-me disso quando me retiraram um cancro do nariz, quando tinha apenas 30 anos”, recordou.

Além disso, a rotina desta australiana baseia-se em boas noites de sono, que duram sempre oito horas, em sessões de meditação e de ioga, passeios com o cão e em momentos de agradecimento.

“Pratico a minha gratidão todas as manhãs, durante cinco minutos, como parte da minha meditação. É o melhor exercício para rejuvenescer”, confessou.