O Governo da África do Sul decidiu chamar os seus diplomatas destacados em Israel para consultas, tendo em conta a situação atual na região, anunciou esta segunda-feira a ministra sul-africana da Presidência, Khumbudzo Ntshaveni.

“O Governo sul-africano decidiu retirar todos os seus diplomatas de Telavive para consultas”, anunciou a governante numa conferência de imprensa, sem dar mais pormenores sobre a duração da retirada, mas sublinhando a “deceção” de Pretória perante “o contínuo bombardeamento israelita de escolas e clínicas” na Faixa de Gaza.

“Esta é uma prática normal quando uma situação é muito prejudicial e preocupante”, afirmou, pelo seu lado, a ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros, Naledi Pandor, numa conferência de imprensa separada.

Os diplomatas irão fornecer uma “informação completa” sobre a situação ao governo em Pretória, que decidirá depois se pode contribuir com alguma ajuda ou se uma “relação contínua pode realmente ser mantida”, acrescentou a chefe da diplomacia deste país africano, vizinho de Moçambique.

“Estamos, como sabem, extremamente preocupados com a morte continuada de crianças e civis inocentes nos territórios palestinianos e acreditamos que a resposta de Israel se tornou um castigo coletivo”, afirmou ainda Pandor.

“Considerámos importante manifestar a preocupação da África do Sul, ao mesmo tempo que continuamos a apelar à cessação total das hostilidades”, acrescentou.

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