A Toyota revelou neste final de 2023 um notável reforço da sua gama de veículos eléctricos. Os novos modelos alimentados por bateria começarão a aparecer em força dentro de dois a três anos, mas os investimentos para os produzir começaram já a ser realizados, o que leva o gigante japonês a necessitar de fundos em abundância. Para os reunir, a marca prepara-se para vender uma fatia da Denso, o seu fornecedor de peças para veículos.
A Toyota possui hoje 24,2% da Denso, sendo folgadamente o seu maior accionista. Em cima da mesa está a venda de aproximadamente 10%, o que levará o fabricante nipónico a perder peso na Denso, mas não o seu estatuto de accionista de referência. Por outro lado, este abrir mão de parte dos títulos irá permitir encaixar um valor que deverá rondar 700 mil milhões de ienes, cerca de 4,3 mil milhões de euros.
A Toyota ainda não confirmou a notícia, ou até mesmo o interesse, o que se compreende, uma vez que a simples fuga da informação motivou já uma queda de 4,9% no valor valor das acções. De salientar que, dos 10% que a Toyota pretende alienar, apenas 5% são detidos directamente pelo próprio construtor. O restante pertence a outras subsidiárias do Grupo Toyota como a Aisin, que fabrica componentes para motores, e a Toyota Industries que produz, por exemplo, empilhadores.
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Para impedir que o valor dos títulos da Denso se possa ressentir destas movimentações, a empresa pondera também ela adquirir parte dos títulos lançados no mercado, fortalecendo a confiança na Denso e na estratégia, como noticiou a Reuters.
