Mark Zuckerberg pôs à venda, em novembro, cerca de 682 mil ações da Meta — que detém atualmente o Facebook, o WhatsApp e o Instagram — no valor de quase 185 milhões de dólares (mais de 170 milhões de euros), segundo noticiou a Bloomberg, na segunda-feira. É a primeira vez desde novembro de 2021 que o faz.

A decisão surge depois de um ano de 2022 particularmente difícil para a empresa. Em fevereiro do ano passado, chegou a recuar 26% em Wall Street e a apresentar a maior perda de capitalização bolsista alguma vez vista na praça nova-iorquina, de 230 mil milhões de dólares. A Meta viria a fechar o ano 2022 com lucro no último trimestre do ano, mas inferior em 55% face ao mesmo período de 2021.

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Aliás, Mark Zuckerberg, de 39 anos e um dos homens mais ricos do mundo, tem vendido com alguma regularidade blocos de ações da Meta ao longo da última década, mas não o fez no turbulento ano de 2022. Em 2021, por exemplo, Zuckerberg e a sua fundação de caridade, a Chan Zuckerberg, venderam mais de mil milhões de dólares em ações.

Este ano, está a ser de recuperação. No terceiro trimestre, a Meta registou lucros de 11,5 milhões de dólares (mais de 10 milhões de euros), uma subida de 164% face ao mesmo período de 2022, acima das previsões dos analistas. O empresário norte-americano detém cerca de 13% da Meta.

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A Bloomberg lembra que, este ano, até ao final de novembro, a Meta viu as ações valorizarem 172%, superando as principais tecnológicas dos EUA, exceto a Nvidia, que produz chips para inteligência artificial.

Mais de metade das ações agora vendidas são controladas pela fundação do empresário. No início do ano, a Chan Zuckerberg comprometeu-se a doar 250 milhões de dólares para a criação de um centro de investigação biomédica em Chicago, nos EUA. Anteriormente, apoiou iniciativas ligadas à habitação em São Francisco e investiu na formação de programadores de software em África.

Zuckerberg e a mulher, Priscilla Chan, comprometeram-se, no passado, a afetar 99% dos seu património a causas filantrópicas durante a vida.