O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, fez esta sexta-feira votos de que o projeto-piloto implementado em Mangualde para capacitar estudantes a atuarem em Suporte Básico de Vida seja alargado a todo o país.

“Isso é mesmo fundamental”, defendeu o ministro em declarações a jornalistas em Mangualde, acrescentando que o Governo tem uma Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva que aponta para a necessidade de ter “cidadãos mais preparados para o risco” e “capacitados para se poderem proteger”.

A formação em Suporte Básico de Vida (SBV) para os jovens do 10º ano de escolaridade em todo o país é uma prioridade do Ministério da Administração Interna, da Proteção Civil e também do Ministério da Educação”, frisou.

O governante falava na Escola Secundária Felismina Alcântara, em Mangualde, onde dezasseis alunos do 10.º ano receberam esta sexta-feira os primeiros certificados da formação em SBV com Desfibrilhação Automática Externa, no âmbito de um projeto-piloto.

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Este projeto-piloto resulta de uma parceria entre o Agrupamento de Escolas e a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Mangualde (que é a entidade formadora certificada), com o apoio da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Em Mangualde, cerca de 150 alunos do 10.º ano farão formação (que tem uma duração de sete horas) durante este ano letivo.

“Hoje demos o primeiro passo para aquilo que gostava que fosse uma bola de neve a chegar a todos os jovens do 10.º ano de escolaridade no país”, frisou José Luís Carneiro.

Durante a cerimónia, o governante disse ter a indicação de que o município de Baião e outros da região do Tâmega e Sousa têm intenção de acolher este projeto.

Após a cerimónia, avançou aos jornalistas que também os restantes municípios da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões (que Mangualde integra) manifestaram essa vontade.

“Temos associações humanitárias e bombeiros em todo o país. Os bombeiros têm esta capacidade, esta formação”, afirmou o ministro, considerando que os jovens ficarão com “uma competência pessoal muito relevante” que depois podem partilhar “com as suas próprias famílias, tornando as comunidades locais mais capacitadas para os riscos coletivos e para os riscos pessoais”.

A Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva, publicada em Diário da República em 2021, define 10 áreas prioritárias e 136 objetivos operacionais, os quais traduzem projetos e atividades a implementar pela administração central, câmaras municipais e juntas de freguesias durante 10 anos.