Pedro Passos Coelho, Durão Barroso e José Sócrates vão depor, esta terça-feira, no julgamento de Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, que apontou um conjunto de 77 testemunhas. O ex-primeiro-ministro Passos Coelho só foi notificado esta segunda-feira, por WhatsApp, noticia o Expresso.

O julgamento do principal arguido do processo EDP tem seguimento esta terça-feira, com a previsão de que Durão Barroso, ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, será ouvido no Tribunal Criminal de Lisboa durante a manhã. José Sócrates, que liderou o Governo em que Manuel Pinho foi ministro, também deverá ser ouvido esta terça-feira, mas durante a tarde.

A incógnita estava mesmo em Pedro Passos Coelho, já que o ex-chefe de governo, segundo o Expresso, não teria sido notificado devidamente. A carta registada a dar conta de que era testemunha terá sido enviada para a sede do PSD e foi devolvida com a indicação “mudou-se”. Porém, o mesmo jornal refere que esta segunda-feira, às 16h38, Passos Coelho foi notificado através de uma mensagem do tribunal via WhatsApp.

Depois de ter sido notificado pela via pouco oficial, Passos Coelho deverá mesmo marcar presença durante a manhã.

O antigo ministro da Economia está a ser julgado por suspeitas de crimes de corrupção e branqueamento de capitais. Segundo o Ministério Público, Manuel Pinho terá alegadamente sido corrompido por Ricardo Salgado, na altura em que era o responsável pela pasta da Economia no Governo de José Sócrates, e terá recebido uma avença mensal de 14.963,94 euros através da sociedade offshore Espírito Santo Enterprises — o conhecido saco azul do Grupo Espírito Santo (GES).

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No total, o antigo ministro da Economia terá recebido um total de 3,9 milhões de euros do GES e Ricardo Salgado terá dado ordem para efetuar esses pagamentos. O objetivo do ex-líder do BES seria favorecer, alegadamente, o grupo da família, nomeadamente na aprovação das herdades da Comporta e do Pinheirinho como “Projeto de Interesse Nacional”.

Caso EDP. Manuel Pinho recusa “pacto criminal” com Ricardo Salgado e diz que acordo foi assinado um ano antes de ser nomeado como ministro