Foi em Guimarães, numa zona rural, que a Polícia Judiciária (PJ) encontrou, há um mês e meio, o primeiro laboratório de produção de cocaína em território português, que se localizava numa casa. Segundo a mais recente edição do jornal Expresso, a cocaína chegou àquela cidade do distrito de Braga proveniente da América do Sul e encontrava-se em estado puro.

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A 13 de novembro do corrente ano, a PJ deteve quatro pessoas e apreendeu centenas de litros de químicos, benzinas e ácidos na casa, que possuía ainda uma estrutura montada para produzir mais de 100 quilos de cocaína para consumo por semana. A polícia encontrou ainda 50 quilos de cocaína que estão avaliados em 10 milhões de euros.

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À mesma fonte, a PJ afirmou que “não é habitual haver laboratórios de cocaína em território nacional“, mas está “atenta” ao fenómeno. Fonte policial confidenciou ainda que “há receio de que haja mais laboratórios de transformação de cocaína em Portugal”. E, por isso, a polícia investiga a existência de outros casos, segundo o Expresso.

Os laboratórios de produção de cocaína estão a multiplicar-se, principalmente em Espanha, nos Países Baixos e na Bélgica, apesar de serem uma tendência na América Latina, que preferem transportar a droga em estado mais puro, para ser transformada já na Europa. Isto acontece porque o preço é mais acessível e a droga é mais fácil de esconder no meio de outras mercadorias.

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Em abril deste ano, a PJ também encontrou, no norte de Portugal, ligações ao maior laboratório de cocaína da Europa, que se localizava em Pontevedra, na Galiza. Este laboratório produzia até 200 quilos de droga por dia, e utilizou o Porto de Leixões para receber 1,6 toneladas de pasta base de cocaína, que acabaram por ser apreendidas antes de seguirem para Espanha.