Os comandantes de duas esquadras dos helicópteros EH-101 Merlin no Montijo e nos Açores bateram com a porta e os seus substitutos fizeram exatamente o mesmo, recusando a nomeação e deixando a vida militar, revela o semanário Expresso.

A falta de meios levou a que pilotos que estavam noutras funções estejam a ser convocados, com a necessidade de passarem por uma fase de instrução por já terem perdido as qualificações.

Em causa está o facto de a Força Aérea, avança o semanário, manter o nível de exigência, mas de isso não ser espelhado no pessoal e número de helicópteros. Com as tripulações insuficientes para os helicópteros de busca e salvamento que estão em funções, os militares estão muito mais tempo de prontidão do que era suposto (30 minutos durante meses quando deviam ser apenas 15 dias) e há casos de militares com situações de burnout, mas também de uma elevada taxa de divórcios, desmotivação e cansaço.

Neste momento a Força Aérea enfrenta o problema de estar a ver sair vários operacionais com mais de 20 anos de serviço, um sinal da crise que o setor atravessa, com destaque para o descontentamento dos militares que estão a abandonar as funções. Em declarações ao Expresso, a Força Aérea confirma estes bater de porta e refere que a tendência de saída prematura de pessoal “já era expectável este ano”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR