“O Plano de Reforma”

Por força das suas difíceis circunstâncias financeiras (Bernie Madoff  “levou-lhe” todo o dinheiro), Nicolas Cage roda filme atrás de filme. Só no ano passado, foram seis. Um deles é este O Plano de Reforma, uma comédia de ação em que o ator interpreta um ex-agente das operações clandestinas da CIA que agora vive nas Ilhas Caimão agarrado à garrafa e que tem que voltar aos velhos métodos para salvar a filha e a neta de um grupo de criminosos. Não sendo nem por sombras memorável, O Plano de Reforma não é dos piores filmes recentes de Cage (e se tem feito alguns inenarráveis…) e dá para entreter hora e meia, com a ajuda de um elenco onde constam também Ron Perlman a fazer de assassino profissional que gosta de Dickens e de Shakespeare, Jackie Earl Haley num mafioso apoplético e Ernie Hudson num antigo colega da CIA.

“The Kill Room — Arte Fatal”

Patrice (Uma Thurman) tem uma galeria de arte que não está a render e precisa de dinheiro com urgência. Gordon (Samuel L. Jackson) e Reggie (Joe Manganiello) têm que “lavar” rapidamente uma pequena fortuna pertencente à Máfia, ou ficam em maus lençóis. Patrice recorre então ao seu fornecedor de droga para ligar o mundo das artes plásticas ao submundo do crime, e encontrar uma solução para o seu problema de solvência, e para o problema de “lavagem” de Gordon e Reggie. Entretanto, e como Reggie revela um insuspeitado talento para a pintura, Patrice propõe-lhe começar a vender os seus trabalhos na galeria, permanecendo anónimo sob o pseudónimo de “The Bagman”. E o sucesso é imediato entre público, crítica e media. The Kill Room — Arte Fatal é uma comédia policial “indie” realizada por Nicol Paone.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Pobres Criaturas”

Em Pobres Criaturas, o novo filme do realizador grego Yorgos Lanthimos (Canino, A Lagosta, A Favorita), baseado num romance do falecido escritor e ator escocês Alasdair Gray, Emma Stone interpreta uma rapariga que vive numa Londres vitoriana alternativa e cyberpunk, e que se atira de uma ponte, grávida, para se suicidar. É tirada do rio e salva por um cirurgião desfigurado, o Dr. Godwin (Willem Dafoe), que lhe substitui o cérebro pelo do seu bebé não-nascido e a batiza Bella Baxter. Bella fica confinada a casa do médico e passa a comportar-se como uma criança sem inibições, embora com a sexualidade de uma mulher adulta, saindo depois para o mundo em busca de aventuras e de contacto carnal. Pobres Criaturas foi escolhido como filme da semana pelo Observador e pode ler a crítica aqui.