Foi uma outra forma de anunciar uma notícia que já tinha sido antes referida várias vezes como notícia mas que ainda não se sabe ao certo o que tem como notícia. Após as várias referências de Pinto da Costa ao longo das últimas semanas sobre os resultados que a SAD do FC Porto vai apresentar no primeiro semestre do exercício de 2023/24, agora foi a própria sociedade azul e branca a emitir um comunicado onde vem de novo destacar “resultados francamente positivos” nos seis meses iniciais da época mas sem revelar números.

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“A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 29º Q do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que, apesar das contas referentes ao 1.º semestre do exercício 2023/2024 estarem ainda em processo de revisão e auditoria, reitera a informação divulgada no dia 4 de dezembro de 2023: a sociedade prevê obter resultados consolidados do primeiro semestre de 2023/2024 francamente positivos, não sendo ainda possível antecipar o montante em concreto, por estar ainda em processo de análise, consolidação e validação por parte dos auditores da sociedade”, anunciaram os dragões.

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“Na sequência destes resultados, aliados a outras operações, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD prevê melhorar substancialmente os capitais próprios a 31 de dezembro de 2023, antecipando que estes poderão ficar próximos de um montante positivo. Mais informa que a sociedade prevê divulgar ao mercado estes resultados cerca do dia 15 de fevereiro”, acrescentaram na mesma missiva emitida.

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“Há essa arma de arremesso às minhas direções, a questão das contas e dos capitais positivos… Pela lei e pela CMVM não posso revelar mas dentro de uma ou duas semanas vamos apresentar um saldo de dezenas de milhões de euros e capitais próprios positivos. Explicámos que era uma estratégia para podermos resistir ao ataque que nos foi feito para levarem o Diogo Costa e o Pepê. Optámos por manter, sabendo que no final do ano estaria a situação invertida com capitais próprios positivos. Não me lembro nunca de ter tido um momento de desafogo financeiro. Em 1982, tive de abrir uma conta na Farmácia para que pudessem dar ligaduras. Pedi uns meses depois para debitarem ao FC Porto, ou podiam achar que tinha uma fábrica de múmias, e assim foi. Tínhamos de pagar as viagens a pronto mas com muita luta fomos passando todas estas dificuldades”, referiu este domingo Pinto da Costa, durante a apresentação da sua recandidatura à presidência dos dragões, entre algumas críticas ao antigo administrador Angelino Ferreira.

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“É uma situação que está dentro da nossa estratégia para chegar ao fim do ano com contas positivas, com capitais próprios positivos. Capitais próprios negativos? Não posso dizer agora o número exato, se não amanhã depois podia ser mentiroso… O que lhe digo é que capitais próprios e contas negativas que nós apresentámos foram calculadas para que em dezembro as contas e os capitais próprios possam estar positivos ou perto disso, a nível de capitais próprios. Já falámos dos 60 milhões do Otávio, que só agora é que entraram. Se vendêssemos antes, as contas estavam equilibradas. O nosso objetivo também é desportivo. Os outros venderam jogadores, ganharam dinheiro, quantos pontos têm agora na Champions? Não vendemos jogadores que nos quiseram comprar, vários, e não vendemos”, tinha dito em entrevista à SIC.

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“Não me estou a comprometer, estou aqui para dizer o que é e o que foi a nossa estratégia. Podíamos ter vendido o Pepê, que está agora na seleção brasileira… Foi por opção nossa que não vendemos jogadores. Estádio para a SAD? Olhe, estou a ouvir isso pela primeira vez… Não lhe posso responder, é a primeira vez que ouço. Não estamos, até hoje, a pensar nisso. Mas vou dizer que temos outros planos e outros projetos, que até vão fazer entrar algum dinheiro considerável no FC Porto. Exemplos? Olhe, uma melhoria grande no Estádio do Dragão, em que uma empresa suporta isso e ainda nos vai entregar verba considerável. Naming não entra, vai beneficiar na rentabilização de espaços. Estamos a partir de uma base de cinco a seis milhões mas para algo a médio prazo. Quando há 20 anos queriam pôr o meu nome no estádio, disse que não até porque ia complicar um futuro negócio”, acrescentou ainda Pinto da Costa nessa entrevista em novembro.