A goleada imposta ao Vizela garantiu um conjunto de registos positivos para o Benfica: os encarnados levam 20 jogos consecutivos sem perder (no tempo regulamentar), 21 jogos consecutivos sem perder no Campeonato, oito vitórias consecutivas no Estádio da Luz e a manutenção da invencibilidade em casa na Primeira Liga.

Neres foi a voz de quem preferiu ficar em silêncio (a crónica do Benfica-Vizela)

O resultado deste domingo foi a maior vitória do Benfica na atual temporada, sendo que a última vez que os encarnados tinham marcado seis golos num único jogo foi já em novembro de 2022, contra o Maccabi Haifa e em Israel, na fase de grupos da Liga dos Campeões. No Campeonato, é preciso recuar a dezembro de 2021 e um 7-1 ao Marítimo para encontrar uma partida em que o Benfica marcou seis ou mais golos.

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A título individual, Roger Schmidt fez uma autêntica revolução no onze e deixou António Silva, Fredrik Aursnes, Arthur Cabral, Di María no banco — sendo que o norueguês não começava no banco de suplentes desde outubro de 2022, contra o PSG e na Liga dos Campeões. Em sentido contrário, Tomás Araújo, Tiago Gouveia e David Neres foram titulares, com o avançado português a marcar um golo e o brasileiro a registar dois golos e duas assistências, garantindo o prémio de melhor em campo.

No final da partida, na flash interview, o treinador encarnado elogiou a exibição da equipa. “Foi um jogo fantástico, sobretudo na primeira parte. Jogámos um futebol de topo e fizemos um dos melhores jogos da época a nível tático. A pressão, a forma como não demos hipóteses ao Vizela para sair. Estivemos muito bem nas transições. Fizemos um jogo de topo e fomos recompensados com golos”, começou por dizer.

“A segunda parte também foi boa, mas infelizmente sofremos um golo a partir de um erro nosso. Ainda assim, marcámos mais um golo, o que foi bom. Jogo com o Toulouse já na quinta-feira? É o calendário das próximas semanas. Ganhar jogos e jogar bom futebol é bom para a confiança. A recuperação é mais rápida quando estás feliz. Hoje foi um jogo muito bom”, acrescentou Schmidt.

Já Tiago Gouveia, também na zona de entrevistas rápidas, defendeu que este foi “um jogo com duas partes distintas”. “Na primeira parte fizemos muitos golos, uma exibição fantástica, mas a segunda parte não foi tão bem conseguida. O Vizela dificultou a nossa primeira fase de pressão, colocou muita gente no meio e tivemos menos bola. Mas no fim de contas foi um resultado justo e uma grande vitória. Temos de continuar, porque temos muitos jogos pela frente”, disse o avançado português.

“É sempre especial marcar. Mas há muito que evoluir a nível individual. Ainda tenho de melhorar a decisão no último terço. Tenho de melhorar algumas falhas que tenho, para ter mais minutos. Há muito jogo pela frente e quando tiver oportunidades para jogar, tentarei estar preparado”, terminou.