A comissão britânica de classificação de filmes elevou para ‘supervisão parental’ a classificação etária de ‘Mary Poppins’, devido à linguagem que considera discriminatória, 60 anos depois da obra cinematográfica ter alcançado sucesso, revelou esta segunda-feira o Daily Mail.

A alteração na classificação, até agora com ‘U’, o que significa que não há material que possa ofender, deveu-se a um termo considerado como depreciativo para os Khoikhoi, grupo de pessoas que esteve entre os primeiros habitantes da África Austral.

O termo é utilizado no filme pelo personagem Almirante Boom, quando se refere primeiro às pessoas que não aparecem no filme e depois para se referir às crianças do filme, quando os seus rostos ficam escurecidos pela fuligem.

Com base numa investigação sobre racismo e discriminação, a entidade responsável pela classificação dos filmes, a British Board of Film Classification (BBFC), considerou que os pais estavam preocupados com “a possibilidade de expor as crianças a linguagem ou comportamento discriminatório que possam considerar angustiantes ou repetir inadvertidamente”, explicou ao jornal Daily Mail fonte do BBFC.

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A nova classificação afeta apenas a versão cinematográfica do famoso filme, já que as versões de entretenimento doméstico ainda permanecem com classificação ‘U’, segundo o BBFC.

A palavra em questão é ‘hotentote’, nome adotado para os Khoikhoi pelos colonos neerlandeses.

Maria Poppins, personagem fictícia criada por P. L. Travers e interpretada no filme por Julie Andrews, conta a história de uma ama inglesa que usa magia e que chega num guarda-chuva ajudada pelo vento até a casa de uma família em Londres onde cuida dos pequenos.