Praticamente três semanas depois de o FC Porto ter conquistado a Taça de Portugal, o basquetebol nacional voltava a agitar-se este sábado: no Pavilhão da Luz, o Benfica recebia o Sporting no dérbi da 19.ª jornada do Campeonato. Separados por um ponto, os encarnados entravam na partida também a um ponto da liderança do FC Porto, enquanto que os leões estavam no 4.º lugar em igualdade com a Oliveirense.

Na antevisão da partida, Norberto Alves não esquecia a importância de jogar em casa. “Vai ser um jogo muito intenso. O Sporting é uma equipa muito atlética, muito intensa, que procura jogar a um ritmo muito alto, com muitas posses de bola, pressionando a campo inteiro, para dificultar os ataques adversários. Tem vantagens e desvantagens, como é evidente, mas é a maneira como eles jogam. Jogamos em casa e isso é sempre uma vantagem. Estas grandes equipas também sabem jogar em ambientes mais adversos, mas jogar com os nossos adeptos a puxar por nós vai ser determinante”, disse o treinador do Benfica.

Do outro lado, Pedro Nuno Monteiro sublinhava a qualidade do adversário. “É uma equipa com poucos pontos fracos e tem muitos jogadores, o que permite ter rotação em todas as posições. Teoricamente é a maior candidata ao título, apesar de não estar em primeiro lugar. Sabemos que vamos encontrar várias dificuldades, as habituais neste tipo de jogos, e também sabemos que vamos criar-lhes dificuldades. Temos de entrar focados, concentrados e a saber que teremos de sofrer, sabendo que vamos ter bons períodos e maus períodos e que nos maus temos de nos manter unidos”, explicou o técnico do Sporting.

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O primeiro período foi equilibrado, ainda que o Benfica tivesse algum ascendente, e depressa se percebeu que a pressão que os encarnados colocavam em campo causava muitas dificuldades ao Sporting. A equipa de Norberto Alves fechou o quarto inicial com uma vantagem mínima (21-20) e Aaron Broussard começava a evidenciar-se como o melhor elemento em campo, com Eddie Ekiyor a ser o principal inconformado do lado oposto.

Num jogo com poucos pontos, o Benfica alargou a vantagem no segundo período e foi sempre mais sólido defensivamente e mais eficaz ofensivamente, demonstrando maior qualidade nos lançamentos longos e beneficiando do tal plantel mais completo de que Pedro Nuno Monteiro falou na antevisão. Ao intervalo, os encarnados estavam a vencer o Sporting por 10 pontos (46-36), mas existia a ideia de que ainda tudo poderia ser relançado.

Uma ideia que desapareceu no terceiro período, com o Benfica a responder bem a uma tentativa de reação dos leões, que até ficaram sem Eddie Ekiyor por lesão. Os encarnados entraram no quarto e derradeiro período com uma vantagem confortável (71-56) e já não tremeram até ao fim, vencendo um Sporting que acabou por afundar apesar dos esforços de Marvin Clark (94-70).