O mercado brasileiro de veículos eléctricos tem um novo líder, o pequeno e barato Seagull, também conhecido em alguns mercados como Dolphin Mini. Estando já disponível em países como o Brasil, México e Chile, este pequeno utilitário é proposto pelo equivalente a 18.000€, com o argumento preço a ter um peso determinante para o seu sucesso comercial.



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O novo Dolphin Mini é disponibilizado em duas versões, com 300 e 380 km de autonomia segundo o método NEDC, que deverá equivaler a 200 e 280 km caso seja considerado o método europeu WLTP. O responsável pela BYD no Brasil inclui na lista de trunfos do eléctrico chinês o facto de se tratar de ser um modelo ágil e bom para as cidades, oferecendo ainda um espaço interior interessante, apesar das suas dimensões contidas.

BYD quer lançar na Europa um eléctrico por 18.500€

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Proposto no Brasil por 18.000€, para a versão com menos autonomia, e 21.000€, para a que vai mais longe entre recargas, o Dolphin Mini consegue ainda elevar a carga da bateria de 30% para 80% em 30 minutos, se ligado a um ponto de carga em DC (corrente contínua). Curiosamente, este pequeno eléctrico da BYD recorre a alguns dos argumentos comerciais dos modelos de bitola superior da marca chinesa, a começar pelo ecrã central rotativo.

Sucede que este sucesso do pequeno BYD veio ajudar a elevar o número de veículos importados, que segundo o Governo brasileiro aumentou 450%, sendo que só os carros chineses representam 40% deste incremento. Isto levou a equipa de Lula da Silva a optar por elevar os impostos sobre os veículos eléctricos importados, que eram inexistentes desde 2015, mas que desde Janeiro subiram para 10%, estando previstos novos incrementos para 18% em Julho, com novo salto para 35% em 2026.

Os modelos com mecânicas híbridas também não escapam à voracidade do Estado, uma vez que se agora pagam 15% de imposto de importação, vão passar a ser igualmente “contemplados” com 25% em Julho e 35% em 2026, à semelhança do que está previsto para os modelos 100% eléctricos. Resta saber qual será o comportamento do mercado face à subida dos impostos, sendo expectável que as vendas caiam, a menos que os construtores consigam absorver grande parte dos incrementos.