A Força de Fuzileiros portugueses encontra-se na Lituânia, junto à fronteira com a Polónia, a participar no exercício multinacional “Brave Griffin 24/II” que começou no domingo, anunciou a Marinha portuguesa num comunicado.

O exercício, organizado pela Lituânia e a Polónia e que decorre “na fronteira entre os dois países, em concreto na área conhecida como corredor de Suwalki, irá prolongar-se por toda a semana, envolvendo mais de 1.500 militares, nos quais se incluem os militares portugueses”, precisou a Marinha.

O “Brave Griffin 24/II”, que tem como objetivo “testar cenários e táticas defensivas”, conta ainda com a participação dos Estados Unidos da América, refere a nota de imprensa.

A Força de Fuzileiros em missão na Lituânia é composta por 146 militares, comandados pelo Capitão-tenente Nuno Correia Marques.

Com cerca de 200 unidades militares envolvidas perto da fronteira com a Polónia, estas manobras visam “aumentar a prontidão e a coordenação entre as forças participantes”, descreve a televisão polaca TVP World no seu portal digital.

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Segundo a mesma fonte, é esperada durante a semana a presença dos Presidentes da Lituânia e da Polónia, Gitanas Nauseda e Andrzej Duda, respetivamente, para observarem os exercícios.

O “Brave Griffin 24/II” marca o início do ciclo mais vasto de treinos “Steadfast Defender” da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) em toda a Europa.

Esses exercícios, que reunirão mais de 90.000 militares de mais de 30 países, representam uma das maiores iniciativas militares desde o fim da Guerra Fria.

O principal objetivo das manobras da NATO na Lituânia, previstas até ao final de junho, é avaliar e validar as estratégias defensivas formuladas durante a anterior cimeira da NATO, em Vilnius, e, além disso, “visam sublinhar o empenho inabalável dos membros da NATO na defesa e segurança coletivas”, sublinha a TVP World.

O ciclo de manobras da NATO “Steadfast Defender 2024” constitui “uma resposta direta à agressão militar da Rússia na Ucrânia e às ameaças que Moscovo tem vindo a colocar aos Estados membros da NATO”, de acordo com a estação televisiva polaca.

“Ao demonstrar a capacidade da Aliança para mobilizar e reforçar rapidamente as defesas europeias, estes exercícios procuram manter a estabilidade e a dissuasão na região”, prossegue a TVP World, acrescentando tratar-se de exercícios “realizados no flanco oriental da NATO”, que preveem “cenários que envolvem confrontos com adversários de força comparável”.