A noite começou com uma esperança, que rapidamente se esfumou. Se ao início da noite eleitoral o Bloco de Esquerda garantia acreditar na manutenção do seu deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, não demorou muito a confirmar-se a pior perspetiva para o partido: os bloquistas conquistaram apenas 1,4% dos votos dos madeirenses e ficaram de fora do Parlamento regional.

Assim, a boa notícia que o Bloco tinha tido ainda em 2023, quando conseguiu acabar com um período de ausência na Assembleia da Madeira e fazer eleger o candidato Roberto Almada (então com 2,24%, num total de 3.036 votos), ficou por aqui: Almada ficou à porta e o Bloco, tal como já tinha acontecido nas legislaturas de 2011 a 2015 e de 2019 a 2023, ficou sem representação.

Se a coordenadora regional, Dina Letra, tinha assegurado ao início da noite que o partido está habituado a esperar até à última para eleger na Madeira — “nada que nos espante e que nos faça tremer” –, poucas horas depois Mariana Mortágua reconhecia que a derrota estava consumada: “O Bloco teve um mau resultado”.

No entanto, o mau resultado não se cinge apenas ao Bloco, recordou: “É também uma derrota para a esquerda. É a primeira vez que os partidos à esquerda do PS não têm representação parlamentar”, frisou. Isso deve motivar uma “reflexão”, para perceber as “características regionais” destas eleições e o contexto da queda de Miguel Albuquerque, acrescentou. Reflexão que já será feita com todos os partidos à esquerda do PS de fora do Parlamento regional.

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