“Tous les garçons et les filles de mon âge
Se promènent dans la rue deux par deux”

Muitos ainda saberão de cor os versos da mais popular canção de Françoise Hardy, um dos maiores ícones da canção francesa, uma diva dos anos XX, símbolo do movimento do yé, yé, que morreu esta quarta-feira, aos 80 anos. Uma das mais bem-sucedidas, elogiadas e influentes artistas francófonas, e ainda uma das mais vendidas da história da música francesa, sofria há muito de um cancro na faringe que lhe provocava um enorme pelo sofrimento pelo que vinha pedindo desde 2021 que lhe fosse concedida a eutanásia. A última vez foi numa carta aberta a Macron, a 17 de dezembro.

A doença obrigou a artista, que ganhou fama nos anos 60 e 70, a deixar de cantar. Há mais de dez anos que a também atriz e compositora sofria de problemas de saúde: teve um linfoma, um cancro num ouvido e desde 2018 que lutava com um cancro na faringe. Durante longos anos fez radioterapia e imunoterapia que lhe causaram dificuldades em engolir e falar além de dores intensas. Já mal conseguia ver, e tinha problema de equilíbrio e memória.

Numa entrevista em 2021 pediu pela primeira vez o direito à morte medicamente assistida, perante o “sofrimento físico terrível” que suporta há vários anos. Em dezembro voltou a fazê-lo: “Quero partir em breve e de maneira rápida”. Acabaria por morrer esta quarta-feira, segundo uma informação do filho no Instagram.

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