Os sete minutos em que Barnabás Varga esteve no relvado da MHPArena de Estugarda, sem que fosse possível perceber o verdadeiro estado do internacional húngaro, pareceram uma eternidade. O avançado de 29 anos chocou com Angus Gunn, guarda-redes da Escócia, e caiu completamente inanimado, sendo transportado de maca para fora de campo e de ambulância para o hospital mais próximo.

A Federação Húngara de Futebol confirmou logo na noite de domingo que Barnabás Varga estava “estável”, com a imprensa do país a acrescentar que o jogador já chegou ao hospital totalmente consciente e a conversar com os profissionais de saúde. Já esta segunda-feira, o organismo adiantou que o avançado tinha sido submetido a uma cirurgia e que tinha sofrido fraturas em vários ossos da cara.

Varga caiu inanimado no relvado mas o alívio surgiu no fim: os sete minutos que pararam o Escócia-Hungria (e fizeram lembrar Eriksen)

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“Barnabás Varga foi submetido a uma cirurgia bem sucedida durante a tarde desta segunda-feira. De acordo com os médicos especializados em lesões faciais, o procedimento foi simples, por isso, o jogador pode deixar o hospital na quarta-feira”, pode ler-se na nota divulgada. Pouco depois, nas redes sociais, a mulher do jogador partilhou uma fotografia de mão dada com Vargas no hospital, agradecendo pelas “mensagens amáveis de apoio”, sublinhando que o húngaro precisa de “um pouco de descanso” mas ressalvando que “vai ficar bem”.

Já esta terça-feira, Varga foi visitado no hospital por um grupo de elementos da seleção da Hungria, incluindo o selecionador Marco Rossi e o jogador Endre Botka, que representou todo o plantel.

Ainda assim, a verdade é que o momento de sobressalto não está a passar ao lado da polémica. Depois do jogo, que a Hungria acabou por vencer com um golo nos descontos, Dominik Szoboszlai acabou por criticar a resposta da equipa médica da UEFA presente no estádio, defendendo que foi demasiado lenta para a gravidade da situação. “Fui um dos primeiros a chegar lá. Fiquei chocado. Tentei virá-lo de lado. Ele queria levantar-se, mas de alguma forma não conseguia respirar. Tínhamos de ter feito aquilo mais depressa”, começou por dizer o capitão húngaro.

“Não conheço bem o protocolo médico ou como funciona, mas se os nossos médicos dizem que precisamos de alguém para ajudar imediatamente, acho que não devem ir a andar. Não é uma decisão minha, mas acho que temos de mudar alguma coisa”, acrescentou o jogador do Liverpool, que ajudou a transportar a maca antes de esta chegar ao colega de equipa. Entretanto, em comunicado, a UEFA respondeu e garantiu que não existiu qualquer atraso na reação da equipa de emergência, que seguiu o protocolo.

“Gostaríamos de esclarecer que a intervenção do médico da equipa ocorreu 15 segundos após o incidente, seguida de imediato pelo segundo médico do estádio, para efetuar uma primeira avaliação da lesão e prestar o tratamento adequado, de acordo com os procedimentos médicos habituais. A equipa de emergência qualificada que aguardava no relvado, de acordo com o seu protocolo, chegou com a maca assim que a sua intervenção foi solicitada pelos médicos para transportar o jogador e transferi-lo imediatamente para o hospital. A coordenação entre todo o pessoal médico no local foi profissional e tudo foi feito de acordo com os procedimentos médicos aplicáveis. Não houve qualquer atraso no tratamento e na assistência ao jogador”, afirma o organismo que regula o futebol europeu.