Com a aproximação do período mais crítico do verão, em que se concentram as férias de muitos profissionais de saúde (nomeadamente médicos), começam a avolumar-se as dificuldades no preenchimento das escalas dos serviços de urgência, com muitos hospitais a registarem encerramentos de serviços. No Parlamento, a ministra da Saúde admitiu que existem “constrangimentos” e “sérias dificuldades” no Algarve, mas garante que tanto as grávidas como as crianças têm tido uma resposta do SNS.

Ana Paula Martins reconheceu que o governo está “ciente que existem constrangimentos e dificuldades” nos serviços de urgência do SNS, nomeadamente nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve.

“Desde o início de junho que estamos a trabalhar de perto com os Conselhos de Administração para assegurar que os serviços de urgência têm capacidade de estar em funcionamento, sendo que o esforço é especialmente complexo em Lisboa e Vale do Tejo e Algarve”, disse Ana Paula Martins.

No que diz respeito à região sul, a ministra adiantou que as “urgências de pediatria do Algarve estão em sérias dificuldades” mas garantiu que “têm sido assegurados cuidados de urgência às crianças”.

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Quanto à Obstetrícia (uma área onde a carência de médicos especialistas é notória e afeta o funcionamento de muitas urgências), a ministra da Saúde garantiu que “não houve grávidas que não fossem encaminhadas para os cuidados que necessitam”, dando como exemplo a situação na península de Setúbal, em que pelo menos uma das três maternidades (Almada, Setúbal e Barreiro) está aberta para dar resposta à população.

“Isto não sempre aconteceu no passado”, lembrou a ministra da Saúde, referindo-se aos anos anteriores, em que algumas grávidas da península tiveram de ser encaminhadas para os hospitais de Lisboa.

Ana Paula Martins destacou, no que diz respeito aos serviços de Obstetrícia, o esquema de rotatividade das maternidades na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo a ministra, o plano “está a ser cumprido”. “Em Lisboa e Vale do Tejo, a Maternidade Alfredo da Costa e Cascais estão em funcionamento permanente, apoiadas pelo São Francisco Xavier e pelo Amadora-sintra”.