O Tribunal da Relação de Évora manteve as condenações do cantor Ivo Lucas e da fadista Cristina Branco no caso da morte da cantora Sara Carreira. Um painel de três Juízes Desembargadores julgou “totalmente improcedentes” os recursos apresentados pelos dois arguidos, pode ler-se num comunicado do tribunal.

Mantém-se, assim, a condenação de Ivo Lucas, namorado de Sara Carreira à época do acidente e acusado do crime de homicídio por negligência grosseira, de dois anos e quatro meses de prisão com pena suspensa e ainda a inibição de conduzir durante um ano. O mesmo se aplica a Cristina Branco, também envolvida no acidente mortal e acusada do crime de homicídio por negligência, condenada a uma pena suspensa de um ano e quatro meses.

Já o recurso apresentado por Paulo Neves, o condutor que seguia alcoolizado a uma velocidade de cerca de 30km/h, o primeiro na cadeia de acidentes e acusado do crime de homicídio por negligência grosseira, foi considerado “parcialmente procedente”. Os juízes decidiram reduzir de dois anos para 16 meses a pena acessória de proibição de conduzir veículos com motor. Mantém-se a pena de três anos e quatro meses, também suspensa.

Como a Relação manteve as penas deliberadas pela primeira instância e como as mesmas são inferiores a oito anos, Ivo Lucas e Cristina Branco não podem recorrer para o Supremo, mas podem recorrer para o Constitucional, com efeito suspensivo.

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Segundo a descrição do acidente, o carro de Cristina Branco embateu no de Paulo Neves, que circulava na faixa da direita a uma velocidade inferior à mínima permitida por lei (50 Km/h) e depois de ter ingerido bebidas alcoólicas.

O carro de Cristina Branco embateu, de seguida, na guarda lateral direita, rodando e imobilizando-se na faixa central da A1. A fadista ligou as luzes indicadoras de perigo, abandonando a viatura na companhia da filha, sendo acusada pelo Ministério Público de não ter feito a pré-sinalização de perigo.

Ivo Lucas, por sua vez, embateu contra o carro de Cristina Branco. No acidente também esteve envolvido Tiago Pacheco, que seguia pela via central da A1 em excesso de velocidade, não conseguindo desviar-se da viatura de Ivo Lucas. Acusado de condução perigosa, recebeu uma pena de multa.