A cordilheira de pontos altos inclui igualmente o hip hop nova-iorquino do duo Armand Hammer, de billy woods e ELUCID, a apresentação do novo disco de Lakecia Benjamin, “Phoenix”, que os Grammy nomearam para os melhores álbuns de jazz do ano, e a estreia de Créature, do compositor Matthias Puech.

Na música portuguesa destacam-se os Caveira, quarteto do guitarrista Pedro Gomes, com o baterista Gabriel Ferrandini, que vão apresentar o seu álbum de estreia, tal como os aMijas, que atuam no âmbito do programa “Trabalho da Casa”, de apoio à criação local. Os indignu assinalam 20 anos de história num concerto com Manel Cruz (Ornatos Violeta) e Ana Deus (Três Tristes Tigres).

O centenário do nascimento de Amílcar Cabral (1924-1973), líder da luta pela independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, não fica esquecido. No dia 14 de setembro, 50 anos depois de Portugal ter reconhecido a independência do país, proclamada um ano antes e de imediato celebrada pela comunidade internacional, o gnration acolhe Paraíso, programa com a ‘rapper’ Mynda Guevara e o DJ Berlok, mais uma conversa os artistas e a cantora Soraia Ramos, que atuará no Theatro Circo.

Os músicos William Tyler e Ryley Walker cruzam-se pela primeira vez num concerto inédito, “e para já único no mundo”, no palco do gnration, em outubro. Tyler provém de Nashville, Walker do Illinois, em comum têm as raízes da música norte-americana. “Desafiados pelo gnration” a atuarem juntos, têm concerto marcado para 04 de outubro, dois dias depois de Walker se apresentar a solo, em Lisboa, na Galeria Zé Dos Bois (ZDB).

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A homenagem à artista plástica Lourdes Castro (1930-2022) acontece no último dia de novembro, com a fotógrafa e artista multimédia Leah Singer e o guitarrista Lee Ranaldo, cofundador de Sonic Youth. No espetáculo “Contre Jour”, cruzam-se guitarras acústicas, elétricas e instrumentos digitais, com as sombras do universo iluminado da artista portuguesa.

Em dezembro, acontecerá a nova edição do OCUPA, iniciativa da AUAUFEIOMAU, nos domínios da música eletrónica e arte digital. Cruzará nomes como os de Mira Quebec e Diogo Mendes, Tomás Alvarenga (OCENPSIEA) e Teresa Arêde, Krake (Pedro Oliveira) e Ricardo Peixoto, Knok Knok, de Armando Teixeira e Rui Rodrigues, Maria João Salgado, sem esquecer o “Clube de Inverno”, iniciativa do Circuito — Serviço Educativo Braga Media Arts, este ano conduzido por Lairie e Ana Mariz.

O programa do gnration setembro-dezembro abre com os quatro projetos do Pós-Laboratórios de Verão: a instalação Crónicas visuais de onde não estive, de Sally Santiago; o projeto de transformação musical Melting Music, de João Carlos Pinto, João Miguel Braga Simões e José Diogo Martins; a instalação vídeo Entre Formas e Sons: Diálogos Visuais e Sonoros com a Água, de Sofia Morim e Filipe Carvalho, e a instalação audiovisual Ouroboros, de Francisca Miranda e Inês Leal.

Na área expositiva, o gnration anuncia também duas mostras de acesso livre: a instalação ‘transmedia’ “In my mother tongue time and weather are the same”, do artista brasileiro Luiz Zanotello, baseado em Berlim, e a exposição Endless Sun: The Cinematic Sunrise, de Hugo de Almeida Pinto, premiado artista português que tem Berlim igualmente em comum.

Haverá ainda IN-MIND, do artista, designer e curador Pasquale Direse.

O ciclo de conversas “alt.history”, que se estende às redes sociais e ao YouTube, com curadoria da revista canadiana Holo, vai contar com o artista Mitchell F. Chan, o curador Maurice Jones e a designer e tecnóloga Mindy Seu.

No ciclo em “Órbita” irão passar o concerto de Joana Guerra e Yaw Tembe, filmado durante uma residência artística no gnration, o espetáculo “Improvisação em duas vias”, do duo Guache, mais o “Jogo Cruzado”, iniciativa do gnration, Canal180 e Culturgest, com DJ Nigga Fox a Loreto Quijada e Toma Gerzha a Claire Rousay.

Em novembro, o gnration volta a receber os festivais Fenda e para Gente Sentada; em outubro, o festival Semibreve. A programação integral pode ser consultada online.