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“Uma prova que é de um minuto e 27 segundos seja qual for o resultado é sempre o desenlace de um esforço muitíssimo grande, que exige muito espírito de sacrifício, exige grande articulação e colaboração entre agentes”, realçou Luís Montenegro, após a prova de João Ribeiro e Messias Baptista.

Apesar de não terem chegado às medalhas, o primeiro-ministro realçou que foram sextos mas de entre os melhores do mundo inteiro. “Estivémos a uma unha negra de conquistar medalha, ficaram a seis décimas de uma medalha o que diz bem do grau competitividade da prova e da nossa equipa”.

Em declarações transmitidas pela RTP, Montenegro deixou à dupla uma palavra de agradecimento e realçou orgulhoso. Aliás, como em relação a todos os atletas que estão nos Jogos.

“Eles foram e são um orgulho do desporto e povo português, estão aqui ao mais alto nível a dar expressão da nossa capacidade de serem dos melhores”.

Explica que foi por isso que optou por vestir a camisola que o Comité Olímpico concebeu para os Jogos. “Propositadamente. Estou aqui de corpo e alma, vesti a camisola”.

Luís Montenegro vai assistir amanhã à prova de Fernando Pimenta, tendo-lhe pedido uma medalha mas “sem colocar pressão. É um atleta extraordinário a todos os títulos, tem uma experiência vastíssima. Já tem tudo o que um atleta precisa de ter para lidar com momentos de maior ansiedade e pressão. Nunca ninguém é imune aos ambientes que rodeiam este tipo de provas”, mas “é candidato a medalha”.

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Mas “independentemente de isso poder não acontecer, é uma possibilidade, é um ícono do desporto português. Serve de exemplo a muitos jovens”

Montenegro assume que ainda é seu desejo que “possamos superar as quatro” medalhas. Ainda assim, volta a dizer que “não temos de colocar mais pressão em cima daquela que os atletas, mesmo os mais experientes, estão habituados a lidar. É um orgulho grande perceber o esforço que fazem para erguerem bem alto a nossa bandeira. Com as medalhas a alegria multiplica-se. No espírito de um atleta está sempre o espírito da vitória, de conquista, preserverança, esperança”. Mas recusa colocar qualquer fasquia. Até porque, diz, “iremos embora em qualquer circunstância orgulhos, reconhecidos e gratos do que fazem em nome de todos os portugueses, em nome da nossa bandeira”.

Uma das medalhas aguardadas é no triplo salto, com Pedro Pichardo. “Tenho uma grande esperança que possamos ter medalha”. Mas volta a dizer que é desporto.

“O desporto é assim. A beleza do desporto também é a imprevisibilidade dos resultados, já tem acontecido, mas também é quando não as conquistamos”.

“Temos um grande orgulho, confiança, reconhecimento. esperamos o melhor desempenho, e que sejam felizes naqueles segundos em que muitas vezes se decide o acesso ao pódio ou não. Estamos no topo dos topos”. E por isso volta a dizer que o que João Ribeiro e Messias Baptista fizeram “é histórico” e é “a demonstração da nossa capacidade de fazer bem”.

Estes atletas “são exemplos motivadores”, esperando o primeiro-ministro que com isso os portugueses “sintam maior predisposição para a prática desportiva, que faz bem à saúde física e mental”. E por isso promete uma política pública do governo que privilegia o desporto e o aproveitamento de todo o nosso potencial. “Estes exemplos são uma forma de dizer que vale a pena acreditar na nossa capacidade, e também extra desporto, que teremos capacidade para o fazer noutros ramos de atividade”.

Enquanto primeiro-ministro promete que “cá estaremos nos próximos anos para dar os meios necessários para desenvolver o potencial. A partir de determinada altura, são precisas condições de treino e acompanhamento”.