Paulo de Carvalho, Camané e Buraka Som Sistema são alguns dos artistas que atuam na 38.ª edição da Festa do Avante, entre 5 e 7 de setembro, no Seixal, cujo programa foi apresentado esta quinta-feira.

O membro do secretariado do comité central comunista Alexandre Araújo disse que o certame “é já uma tradição a não perder” para muitos e dirigiu-se a “todos aqueles” para quem será “uma primeira visita”, “com a certeza de que vão partilhar a opinião de que ‘não há festa como esta'”.

“A Festa do Avante é, ela própria, uma realidade tornada possível com o 25 de abril, por isso, assume, de forma particular, nas várias vertentes do seu programa a celebração da revolução de abril, acontecimento maior da história do nosso país, valorizando o seu significado, conquistas e valores”, afirmou.

Jorge Palma, Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, Camané, Buraka Som Sistema, The Legendary Tiger Man, Mind da Gap, OqueStrada, Dany Silva, Nu Soul Family, A Naifa, Cristina Branco ou Diabo na Cruz, entre outros intérpretes e bandas, estão incluídos no cartaz da “rentrée” comunista, na Quinta da Atalaia, Amora.

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“Vamos ter de tudo, de música de câmara a bandas de ‘metal’, desde fado a jazz, rock a música popular e tudo tem público”, congratulou-se o membro do comité central do PCP Ruben de Carvalho, destacando o facto de “os artistas terem o cuidado de levar ao Avante espetáculos específicos e não os concertos que habitualmente apresentam”.

Segundo o especialista melómano, “desde 1976, a festa era a única coisa do género em Portugal”, mas, “a partir de meados dos anos 1980, grosso modo, apareceram outros espetáculos e os festivais, com a vertente comercial e as sponsorizações, que optaram por presenças estrangeiras em vez de presenças portuguesas”, justificando assim a maior presença de nomes portugueses, que têm “acesso a condições técnicas que raramente tinham” e a consequente ausência de artistas estrangeiros de nomeada.

Ruben de Carvalho revelou que os pedidos ou propostas para atuações e programação no evento “chegaram praticamente aos 600”.

“Dá uma alegria muito particular, reflete a popularidade e o prestígio que tem e comprova o impacto que a sua presença (dos artistas) tem na festa”, concluiu.

A 38.ª Festa do Avante vai ter uma exposição no Espaço Central sobre a “Revolução dos Cravos” de 1974 e outros espaços evocativos dos 100 e dos 75 anos sobre o início das duas grandes guerras mundiais, além do Espaço Ciência, este ano dedicado à temática da sexualidade.

Entre muitas iniciativas nas áreas das artes plásticas ou do teatro e cinema, o PCP organiza igualmente eventos desportivos no recinto e ao seu redor como uma corrida de sete quilómetros, uma caminhada de seis quilómetros e um passeio de cicloturismo de 55 quilómetros.

Os ingressos para os três dias já estão à disposição do público desde abril, por 21 euros. À porta do recinto da “Festa de Abril” o bilhete tem um custo de 32 euros.