Augusto Santos Silva vem direto do Porto, depois do fim de semana, para os estúdios do Observador. Senta-se na cadeira para a entrevista e logo dispara que não gosta de perguntas que comecem por “se”, quando o tempo é de todos os “ses” em matéria de cenários de governabilidade do país no pós-autárquicas. O ministro dos Negócios Estrangeiros e dirigente do PS garante que os eleitores “sabem o posicionamento político” do partido, mas traça diferenças face a 2015. E também no PSD.

Diz não querer imiscuir-se nas eleições internas dos sociais-democratas, embora assuma que Rui Rio está mais próximo do PS do que Paulo Rangel, que “toda a gente pode ver com quem está”. Mas nem com Rangel, que este mesmo Executivo já acusou de ter feito “campanha internacional contra Portugal”, recusa poder entender-se, se a governabilidade o exigir. Quanto ao cenário desejado, esse é o da maioria absoluta, com Santos Silva menos preocupado do que António Costa com o passado Sócrates quando a pede: “Não é desconfortável”.

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