A indignação zumbe nas redes (ditas) sociais de todo o mundo e partilham-se fotos de floresta tropical em chamas, acompanhadas de votos de amor à Mãe-Natureza e insultos a Jair Bolsonaro, mas quando chega a altura de o activismo sair do sofá para a rua, a adesão é escassa, como atestam as poucas “dezenas de pessoas, manifestantes e curiosos [que se concentraram no passado] sábado à tarde no Porto” e pode perguntar-se se chegariam a uma dezena se não fosse a aversão ao actual presidente brasileiro actuar como catalisador.
Os incêndios da Amazónia são um desastre que estava anunciado desde que Jair Bolsonaro se perfilou como favorito à vitória das eleições presidenciais de 2018: as suas bombásticas declarações pró-desenvolvimentistas e anti-conservacionistas e os apoios do sector do “agro-negócio” à sua campanha só poderiam conduzir a este desfecho, pelo que a maioria de eleitores brasileiros que votou em Bolsonaro não poderá alegar que foi ludibriada.
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