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Entre caixas de equipamento técnico e corredores sem fim — estamos dentro do colossal armazém da Pixel Light, em Vialonga, Vila Franca de Xira —  Bárbara move-se de forma discreta, comunica o essencial
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Entre caixas de equipamento técnico e corredores sem fim — estamos dentro do colossal armazém da Pixel Light, em Vialonga, Vila Franca de Xira —  Bárbara move-se de forma discreta, comunica o essencial

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Entre caixas de equipamento técnico e corredores sem fim — estamos dentro do colossal armazém da Pixel Light, em Vialonga, Vila Franca de Xira —  Bárbara move-se de forma discreta, comunica o essencial

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

"Tudo o que me acontecer, de bom e de mau, há-de ser uma canção": quem conhece Bárbara Bandeira?

A perda, a fama, o amadurecimento, ser mulher. “Se dermos tudo, sobra pouco para a arte que fazemos”, diz. Um dia de ensaios e a metamorfose de Bárbara Bandeira, antes do concerto no Campo Pequeno.

“Qual é o teu último nome?”, pergunta Bárbara Bandeira. O dedo desliza pelo ecrã do telemóvel e, em segundos, somos resumidos às fotografias que partilhamos nas redes sociais, às decisões profissionais que tomamos, à pegada digital que nem sempre controlamos.

A pergunta, inofensiva, na pausa para almoço entre ensaios numa zona industrial em Vialonga, denuncia o mundo onde nasceu a artista feminina nacional mais ouvida em Portugal no Spotify no último ano. Quantas vezes não foi escrutinada, resumida, de igual forma?

Cresceu à vista de todos. Filha do também cantor português Rui Bandeira, participou no programa televisivo Uma Canção para Ti, em 2011. Tinha nove anos. Logo começou a cantar nos concertos do pai e, pouco depois, estava a virar as três cadeiras de um outro concurso, The Voice Kids. A timidez na voz não a coibiu de sublinhar: “Vim a este programa não para ser conhecida como Bárbara Bandeira, filha do cantor. Eu quero ser conhecida por Bárbara”. Disse-lhe Daniela Mercury, uma das juradas do certame: “Podemos conhecer você como Bárbara Bandeira ou como Bárbara, você vai ser sempre essa cantora maravilhosa”.

Aos 22 anos, Bárbara mantém a timidez, mas ganhou o estatuto de estrela pop, com direito ao bom e ao mau: métricas de invejar, singles platina, reconhecimento dos fãs (perto de um milhão no Instagram), mas também o interesse desmesurado pela sua vida pessoal, a sexualização da sua imagem, o nome não raras vezes catapultado para as capas de revista. Para sobreviver, percebeu que tinha de se resguardar, fechar a porta outrora entreaberta. “Tudo o que as pessoas têm de saber sobre mim está no meu álbum”, diz ao Observador num dia de ensaios para o concerto deste sábado no Sagres Campo Pequeno, em Lisboa.

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A cantora escuta os novos arranjos para as músicas que leva ao Campo Pequeno. Em palco terá consigo cinco instrumentistas e seis vozes em alguns dos temas

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Entre caixas de equipamento técnico e corredores sem fim — estamos dentro do colossal armazém da Pixel Light, em Vialonga, Vila Franca de Xira —  Bárbara move-se de forma discreta, comunica o essencial. Lá fora, a chuva cai impiedosamente. “É mesmo importante cortar esse verso”, aponta a um membro da equipa. Tudo tem de estar perfeito.

Faltam poucos dias para o primeiro espetáculo em que mostra Finda, o aguardado primeiro disco, editado no início do mês pela Warner Music, discográfica que a acolheu em 2019. “Sinto que este álbum já vem com algum atraso. Comecei a cantar há quase 10 anos. Muita gente me diz que acha estranho sentir que este é o meu primeiro álbum, sendo que me ouvem há tanto tempo”. Disco inevitavelmente de afirmação, há um sabor a finalmente de que está a desfrutar. “Tive dois álbuns antes deste prontinhos para ir para a fábrica e não os quis lançar”, revela. Porquê? Eram imaturos e, acima de tudo, pouco representativos da artista que queria ser. “Era uma coletânea de músicas, ouvindo hoje parece que é outra pessoa, é a versão miúda.”

Começou do zero. Mas depois veio a pandemia e muita coisa aconteceu. “Fiquei algum tempo sem gravar e sem fazer música no geral”. Foi com Onde Vais, balada que partilha com a fadista Carminho, que voltou a encontrar o rumo. “Há coisas que não dá para explicar, mas encaixamos logo”, diz sobre a parelha improvável (repetia o efeito surpresa este mês, ao chamar o rapper Dillaz para Carro). “Escrevi o refrão da Onde Vais no piano na minha sala às três da manhã. No dia a seguir estava a ligar a pessoas a dizer: ajudem-me a acabar esta música porque eu acho que vou estragá-la.” A insegurança da escrita levou a melhor dessa vez, mas foi o princípio de um processo criativo — um recomeçar.

[ouça o novo “Finda” na íntegra através do Spotify:]

“Começo a desenvolver uma coisa que é: O que é que eu ouço? O que é que eu gosto genuinamente de ouvir?”, questiona-se, para logo responder. “É R&B, afropop. Tenho inspirações portuguesas, de fado, mas o que sempre quis fazer e nunca consegui materializar foi o R&B em português. É algo que falta: artistas de R&B em Portugal”. Quis fugir da balada pop. “É-me muito natural, mas não é isso que eu quero fazer neste momento”.

A conversa já decorre há uma hora quando Bárbara Bandeira verbaliza aquela que é, ao álbum de estreia, a sua grande revelação: “Nunca me senti tão em controlo das minhas decisões e das minhas ações como agora”. A borboleta, que está na capa de Finda e lhe espreita do pulso por baixo do blazer azul-turquesa, é a alegoria perfeita. A Bárbara de quem tentaram extrair uma Hannah Montana à portuguesa (com direito a nome inventado, Cristal) cresceu. “Ainda estou a passar por esta metamorfose, de sair do casulo”, reconhece. “Todo esse processo é um bocadinho equivalente àquilo que passei a nível pessoal. Fui obrigada a amadurecer demasiado cedo na minha vida e estes últimos três anos aceleraram ainda mais esse processo.”

Este álbum, afirma, “é o melhor que eu podia fazer neste momento”. “Sinto-me tão orgulhosa daquilo que fiz. É uma sensação que tive poucas vezes, na minha pequena média carreira. Nunca estive tão orgulhosa.”

“Amanheceu/ Céu limpo/ Deixa-me ser”, diz logo ao abrir o disco, na canção homónima do álbum. Faixa ante faixa, descobre-se uma artista que se usa como matéria-prima. “Não, eu não tive tudo/ Escondida na voz/ Na boca do mundo/ Ainda sabe a fumo/ E pai eu não te culpo/ Estamos nisto juntos”, são versos de Tudo (Interlúdio), música inteiramente cantada por MARO. “Queria uma lufada de ar fresco, no meio de quem está a ouvir aquilo tudo”, diz sobre a artista que foi o seu toque de despertador durante dois anos. “Gosto tanto da voz dela que quis uma canção que fosse só dela.” Mas basta ouvi-la para perceber que a história de Bárbara está tão nela presente como em qualquer outra das canções que compõem o disco. Escutando-o denotam-se temas âncora como a perda e a esperança.

"O meu processo de cura passa por cantar o que estou a viver. Canto tantas vezes e ouço tantas vezes que de certa forma arrumo aquilo melhor na minha cabeça. Para mim a música é uma urgência. Tudo o que me acontecer, de bom e de mal, há-de se materializar numa canção"

“Cada pessoa tem o seu processo de cura, e o meu passa muito por cantar aquilo que estou a viver. Canto aquilo tantas vezes, e ouço aquilo tantas vezes, que de certa forma arrumo aquilo melhor na minha cabeça”, explica. “Para mim a música é uma urgência. Praticamente tudo o que me acontecer, de bom e de mau, há-de se materializar numa canção. Não sei o que é que vai acontecer ainda, mas há muitas coisas, muitos medos meus, dos quais ainda não falei.”

Como é navegar nas piores das memórias, em processos de cicatrização dolorosos, quando se torna repetidamente às letras que os evocam? Finda, tema que arranca o disco, é lida como uma homenagem da cantora à melhor amiga, Sara Carreira, que morreu num acidente de viação há três anos, e cujo nome se escuta na letra. “Defendo qualquer coisa que tenha sido escrita para este álbum, e quando o entreguei tinha consciência de que o ia ter que cantar inúmeras vezes”, responde ao Observador. “Estou em paz com isso”. “Se eu reescrever o meu medo/ Isso é que é saber viver”, canta em Cristaliza, canção que encerra o álbum.

A cantora faz os últimos ajustes para o concerto. Foca, road e tour manager da artista (à esquerda), acompanha-a desde 2021

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

A rescrita que Bárbara Bandeira tem feito espelha-se também nas canções que agora produz — são 12 as que compõem o disco. Às tantas, descobrem-se versos como “Nunca quis o restaurante caro/ E se quiser sou eu que pago” (Carro) ou “Se não tinha prazer não devia ter gritado/ E agora é tarde p’ra seres ensinado” (Cristaliza). É justo dizer que o tom emancipado contrasta com o encontrado em músicas anteriores como Larga-me Essas (2019). Bárbara ri. “É aqui que entra a ingenuidade e o amadurecimento”, comenta. “O contraste é o óbvio amadurecimento. O Larga-me Essas, o Nem Sequer Doeu, até o Friendzone, coitadinho, são canções em que se nota que eu era uma miúda, no fundo. Por isso é que já não as canto.”

Até há bem pouco tempo, nas atuações, a artista cantava um medley que incluía alguns destes temas dos primeiros anos de carreira. “Uma das melhores partes de estar a lançar este álbum é poder também reformular o concerto”, confessa.

[o vídeo de Carro:]

A cada passo, do ensaio ao almoço até ao espaço para a entrevista, Bárbara está acompanhada. Há uma aura que a circunda, algum olhar que sempre nela poisa. “Comecei muito nova, era muito fácil viver só o sonho e não pensar nas consequências. Ainda não tinha sequer sofrido minimamente a consequência de absolutamente nada. A realidade é que à medida que o tempo vai passando vou ficando mais consciente do impacto que a minha comunicação tem, não só nos outros, mas principalmente em mim. Os últimos dois anos têm falado por si, era o tipo de pessoa que falava para todo lado, comunicava de uma forma muito abrangente.”

Não era sede de fama, nem de querer ser Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo. Era simplesmente “a ingenuidade de nascer nesta geração e de ser absolutamente normal para mim fazer um story e acordar se for preciso”. Hoje é meticulosa no que diz, com quem fala, a quem dá entrevistas, quando usa as redes sociais. “Vais percebendo que nem tu queres dar essa informação toda às pessoas. Faz com que as pessoas sintam que te conhecem muito e que têm o direito a opinar em relação a tudo. Estou muito mais resguardada porque sinto que aquilo que tenho que dar às pessoas é música. A linha é muito ténue entre ser uma figura pública e ser cantora”, sabe. “Se eu der a minha opinião em relação a tudo menos música, as pessoas vão querer saber mais da minha opinião do que da minha música. Tive que fechar essa porta para me afirmar enquanto artista.”

Perguntamos-lhe se hoje cobramos mais aos artistas, se lhes exigimos que sejam vocais sobre uma série de assuntos, ativistas de Instagram, tudólogos. “Claro, mas os artistas só dão se quiserem [risos]. E eu não quero. No fundo é isso.” “Tudo o que as pessoas têm de saber sobre mim está no meu álbum. Por isso é que eu faço um álbum. Se dermos tudo, sobra pouco para a arte que fazemos.”

O primeiro álbum de Bárbara Bandeira é editado pela Warner Music, onde a cantora está desde 2019

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Bárbara sublinha que o seu foco é a música, onde, de forma mais ou menos codificada, se revela, mas nem por isso se demite de falar sobre ser mulher numa indústria estruturalmente masculina, em que a pressão inigualável quanto à forma como se veste ou ao quão jovem e bonita parece é só a ponta do icebergue. “Sempre tive consciência. O meu pai sempre me avisou. Mas é completamente diferente avisar e viver, não é? A partir do momento em que tu és o novo peixinho no mar, a nova miúda de 14, 15 anos que anda aí, obviamente senti as consequências disso”, assume. “Desde muito nova, desde apalpões em fotografias, alguma dificuldade de aceitação por parte de um certo tipo de público, até à forma como os homens e as próprias mulheres recebem a tua emancipação. É um processo que ainda está a acontecer, é um processo que vai acontecer sempre até eu envelhecer, provavelmente.”

Recosta-se na cadeira, cautelosa nas palavras. “Há cinco concertos, durante o verão, estou a tirar uma fotografia com um rapaz e enquanto agarro com as duas mãos o telefone do rapaz para tirar a fotografia ele agarra-me no peito com as duas mãos”, recorda. “É o tipo de situação que só mulheres passam e é muito difícil de gerir.” Reagiu impulsivamente. “Disse o que disse e automaticamente ficas com aquele medo de: será que as pessoas vão receber isto como eu sendo agressiva ou histérica? É este tipo de coisa que tu tens que ter em consideração quando vives numa sociedade que obviamente está a tentar caminhar para um sítio melhor, mas que ainda está longe de estar no ideal. Acabas por sofrer determinadas coisas e quando reages tu és a culpada, tu és a errada. Tenho aprendido a gerir e a lidar com isto, mas estou longe de aceitar aquilo que acontece a muitas miúdas, muito novas e a muitas mulheres.” E assim arruma o assunto, quem sabe até à próxima canção.

"Se eu der a minha opinião em relação a tudo menos música, as pessoas vão querer saber mais da minha opinião do que da minha música. Tive que fechar essa porta para me afirmar enquanto artista"

“É muito fácil acharmos que a internet é a vida real.” A notícia de que a cantora faria a primeira parte dos quatro concertos em Coimbra dos Coldplay não foi pacífica. “Automaticamente eu sabia que isso ia gerar controvérsia”, confessa. “E a verdade é que uma das maiores lições que tirei da experiência é que a internet não é representativa daquilo que as pessoas acham. O primeiro dia foi muito complicado para mim. Cortei músicas do alinhamento. Achava que podia dar para o torto, que as pessoas podiam vaiar. Antes de entrar em palco estava a chorar compulsivamente, cheia de medo”, recorda.

Não foi vaiada. Assomou o Estádio Cidade de Coimbra provocando um coro coletivo ao som de Como Tu, single que chegou à sexta platina e ao lugar cimeiro no Spotify. Aliás, na maior plataforma de streaming do planeta, a cantora conseguiu a proeza de, em 2022, ter três músicas no top de canções portuguesas mais ouvidas: Onde Vais (com Carminho) e Como Tu (com Ivandro), em terceiro e quarto lugar, respetivamente, além de Ride, de Mike11, em que a cantora também participa. Não há mais mulheres nos artistas portugueses mais ouvidos em 2022.

Depois do concerto do Campo Pequeno, virá a tour. A cantora, luso-brasileira, espera pelo meio, fazer uma temporada no Brasil. "Visitar a minha família e trabalhar", diz

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Abatida, convencida pelo road manager, “Foca” (Tiago Batista), foi à festa após o primeiro concerto. “Encontro o Chris Martin sentado no sofá à minha espera com a irmã. Abre o Spotify dele e estou lá eu nas pesquisas recentes! Diz-me: “Gosto mesmo da Como Tu, achas que podemos cantar no concerto? Basicamente deu-me carta verde para trazer a Carminho e o Ivandro para o meu concerto”. O resto é história conhecida: os vídeos proliferaram nas redes sociais e imprensa. A história não contada: ofereceu ao vocalista uma guitarra portuguesa e um salame de chocolate vegan, “feito pela mãe do Foca”. Em troca, Chris Martin ofereceu-lhe a sua guitarra. Foi o boost de confiança de que precisava para aguentar os quatro concertos, mas o nó na barriga não se desfaz. “É normal para mim ficar muito ansiosa antes de entrar em palco quando são coisas importantes”, admite. Como é o concerto deste sábado.

Deambula pelo armazém de phones nos ouvidos, a ouvir os novos arranjos, telemóvel sempre na mão. A relação de Bárbara com a internet é particular. Por um lado, teve de fechar a porta, em tempos escancarada. Por outro, é o meio privilegiado para chegar ao seu público — está no Instagram, no Tiktok, e sabe da importância das redes sociais na criação da artista pop em que se tornou. Por estes dias, lê todos os comentários e reações ao álbum. Ao mesmo tempo, “quem escreve a Wikipédia?”, pergunta, entre risos. Vamos ao fact-checking: a cantora nasceu em Corroios, e não em Azeitão, antes de viver numa série de sítios diferentes. “Os meus pais sempre foram nómadas”. Até ao dia em que ganhou coragem — uma vez mais — e disse ao pai: “meu puto, vou para Lisboa”.

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