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Quais são as vantagens dos carros elétricos?

São várias as vantagens deste tipo de veículos. Para melhor as apresentarmos, dividimo-las em três tipos:

Ambientais – É na questão ambiental que reside uma das principais vantagens da mobilidade elétrica, já que esta permite a redução da emissão de gases para a atmosfera. Como resultado da elevada eficiência dos motores elétricos e da capacidade de gerar eletricidade de fontes de baixo carbono, estes carros apresentam emissões mais baixas face a veículos idênticos com motor de combustão interna. De acordo com um relatório do International Council on Clean Transportation, organização independente e sem fins lucrativos que se dedica a analisar informação técnica e científica para a disponibilizar aos reguladores ambientais, um carro movido a eletricidade na Europa revela-se cerca de 30% mais limpo ao longo de todo o seu ciclo de vida em comparação com um veículo equipado com o mais eficiente motor de combustão interna disponível no mercado. Este é um fator a ter em conta, não só devido à preocupação com a sustentabilidade do planeta, mas também por questões práticas, já que, por exemplo, nos centros de algumas cidades europeias começa a restringir-se a circulação de veículos poluentes.

Ainda no que toca ao ambiente, é relevante também o facto de estes veículos não serem ruidosos, devido à sua mecânica mais silenciosa e fluida, o que contribui para atenuar a poluição sonora que atualmente atinge níveis muito elevados, sobretudo em contexto de grandes metrópoles.

Condução – Outras vantagens prendem-se com a experiência de condução, que nos veículos elétricos é mais confortável e suave, com muito menos vibrações e extremamente fácil, uma vez que, por norma, a caixa de velocidades é automática.

Estacionamento – Há ainda uma vantagem do ponto de vista prático, já que o estacionamento fica facilitado, bastando parquear num dos muitos locais reservados para o carregamento deste tipo de veículos. Hotéis, restaurantes e centros comerciais, entre outros locais e estabelecimentos, oferecem hoje postos de carga como cortesia aos clientes.

Muitas cidades incentivam também a mobilidade elétrica através da isenção ou redução dos valores de parquímetro, como é o caso da cidade de Lisboa, onde os carros 100% elétricos não pagam estacionamento nos lugares regulados pela Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), desde que possuam um Dístico Verde (com um custo de 12 euros anuais). Beja, Funchal, Loures, Guimarães, Oeiras, Oliveira de Azeméis, entre outras cidades, garantem igualmente estacionamento gratuito.

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Os veículos elétricos vão ditar o fim da “era do petróleo”?

Segundo a análise divulgada recentemente pela Carbon Tracker, um grupo de reflexão independente que analisa e debate o impacto financeiro da transição energética nos mercados de capitais, a resposta a esta pergunta é afirmativa. De acordo com aquele grupo, a transição verde que se tem vindo a verificar para veículos elétricos nos países emergentes (com a China no comando) constitui uma mudança de paradigma que pode levar a uma poupança naqueles mercados de até 250 mil milhões de dólares anuais até 2030. Tal poderá significar que o aumento da procura global de petróleo venha a diminuir cerca de 70% face ao previsto.

A verdade é que o transporte nos mercados emergentes corresponde a mais de 80% de todo o crescimento esperado na procura de petróleo até 2030. Porém, estes países já estão a reduzir a sua dependência de petróleo, recorrendo cada vez mais a veículos elétricos, que vão ficando mais baratos à medida que o preço das baterias desce e a eletrificação dos sistemas de transportes aumenta. Desta feita, de acordo com a Carbon Tracker, estes países terão cada vez mais de escolher entre importar petróleo caro, aumentando a dependência em relação ao exterior, ou recorrer a eletricidade gerada internamente através de fontes renováveis e a preços sempre mais baixos. A escolha parece óbvia, razão por que o declínio da “era do petróleo”, tal como a conhecemos, poderá ter os dias contados, conclui o grupo de reflexão.

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O que esperar da mobilidade elétrica no futuro?

Todas as previsões apontam para um crescimento sustentado do recurso a veículos elétricos ao longo dos próximos anos. De acordo com um relatório da Bloomberg New Energy Finance, em 2025 os veículos elétricos irão constituir 10% das vendas globais de veículos de passageiros, devendo este número aumentar para 28% em 2030 e para 58% em 2040. Atualmente, estes veículos representam 3% das vendas globais de automóveis. Aquele organismo prevê ainda que, em 2040, os veículos elétricos constituam 31% de todos os carros a circular na estrada, 67% dos autocarros municipais e 47% dos veículos de duas rodas.

É um facto que a revolução dos veículos elétricos está a acelerar, mas tal só terá continuidade se a necessária infraestrutura e tecnologia acompanhar o movimento. Para que a substituição dos combustíveis fósseis por eletricidade seja uma realidade sustentada no tempo espera-se o desenvolvimento de baterias que cada vez mais garantam performances idênticas às dos motores de combustão interna, com mais autonomia e menores tempos de carga, assim como a otimização dos pontos de carregamento em termos de localização. Só desta forma, objetivos como o do Governo do Reino Unido – de proibir a venda de todos os novos carros movidos a gasolina e diesel a partir de 2030 – poderão concretizar-se.

SEAT na vanguarda da mobilidade elétrica

Nos últimos anos, muitas são as marcas que têm vindo a desenvolver modelos capazes de responder à procura crescente por parte de consumidores cada vez mais interessados em converter-se à mobilidade elétrica e uma das que mais se tem destacado é a SEAT. O construtor espanhol tem já no mercado o SEAT Leon e-Hybrid, constituindo a solução ideal para quem pretende dar o primeiro passo em direção aos veículos elétricos, já que funciona 100% a energia elétrica, mudando para gasolina apenas quando a bateria precisa de ser carregada. Tal como a maioria dos híbridos, o SEAT Leon e-Hybrid carrega a bateria automaticamente (o motor elétrico utiliza a força regenerativa da travagem para aumentar a autonomia), mas é também um automóvel plug-in, ou seja, pode ser carregado através de ligação à corrente elétrica. Em relação à performance, o motor elétrico de 85 kW é combinado com o motor TSI de 1.4 litros para atingir uma potência de 150 kW. Quanto à autonomia, pode chegar aos 800 km se o modo elétrico for combinado com a gasolina. Este modelo está disponível também na versão Leon Sportstourer e-Hybrid.

Perseguindo o objetivo da eletrificação, a SEAT tem previstos novos modelos elétricos e híbridos plug-in para breve, além de que impulsionará a estratégia de micromobilidade urbana lançando um motociclo 100% elétrico e o primeiro na história da marca, o SEAT MÓ eScooter 125, bem como o novo SEAT MÓ Kickscooter 65, que chegarão a Portugal no primeiro trimestre de 2021.

A SEAT acredita que a eletromobilidade será bem-sucedida, mas defende que quanto mais atrativas forem as condições para a mobilidade elétrica, nomeadamente em termos de rede de postos de carregamento, entre outras, tanto mais cedo e em maior número as pessoas farão a mudança.

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Qual é o tempo de vida das baterias dos carros elétricos?

Estima-se que a bateria de um veículo elétrico possa ter uma vida útil de até 30 anos antes de ser reciclada. Para que esta longevidade seja assegurada é importante seguir algumas regras, nomeadamente, evitar carregamentos diários e consecutivos nos Postos de Carregamento Rápido; manter a carga da bateria entre os 10% e os 80%, ou seja, não carregar sempre até aos 100%, nem deixar que o nível de bateria seja inferior a 10%. Desta forma, é possível impedir que o rendimento da mesma seja afetado a curto prazo, contribuindo para dure mais de 15 anos, de acordo com a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos.

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Qual é a autonomia dos carros elétricos?

Esta é uma pergunta crucial e a resposta possível é: depende. Depende do modelo de carro em questão, da bateria que possui, do estilo de condução que se pratica e até do tipo de estradas percorridas (citadinas ou autoestradas, com mais ou menos subidas, por exemplo). Atualmente, a autonomia dos novos modelos elétricos ronda já, em média, os 300 quilómetros com um único carregamento, o que não fica muito aquém de veículos convencionais que implicam também uma paragem para abastecimento. Entre os fatores que importa considerar é o tipo de utilização que se faz do veículo: para deslocações curtas do tipo casa-trabalho/trabalho-casa, que rondam os 40 a 80 quilómetros diários, até os veículos elétricos menos autónomos são adequados.

Por outro lado, se a autonomia é uma questão muito relevante, é possível considerar outras opções, como os veículos híbridos ou plug-in, que fazem a ponte entre os carros tradicionais e os 100% elétricos. É o caso do modelo SEAT Leon e-Hybrid, que usa a tecnologia PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle), a qual permite conciliar as vantagens de um carro elétrico com a tranquilidade de ter também um motor a combustão, garantindo autonomia.

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Quanto tempo demora a carregar um carro elétrico?

Nos Postos de Carregamento Normal (PCN), se se optar pelos pontos de potência mais baixa (3,7 kWh), o carregamento total da bateria pode demorar, no máximo, 8 horas; nos de máxima potência (22 kWh) é possível atingir cerca de 80% da autonomia total da bateria em apenas uma hora. Já nos Postos de Carregamento Rápido (PCR), consegue atingir-se mais de 80% da bateria em apenas 20 a 30 minutos.

Quanto à frequência de carregamento, tal vai depender da utilização que é feita, bem como da autonomia do veículo. O ideal será carregar o veículo até aos 80% e fazê-lo mesmo que ainda tenha bastante bateria. É mesmo de evitar que esta descarregue por completo para não acelerar a sua degradação.

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A manutenção de um carro elétrico é mais cara?

Nos automóveis elétricos, os travões, filtros e outras peças não se desgastam com tanta facilidade como num carro tradicional, pelo que os custos com a manutenção tendem a ser menores. Além disso, as revisões são mais espaçadas, uma vez que estes veículos podem fazer mais quilómetros entre cada ida à oficina. Já em relação à bateria, a sua manutenção beneficia do sistema de gestão integrado nestes veículos, que monitoriza e otimiza os processos de carregamento, contribuindo para a longevidade da mesma.

SEAT e mobilidade elétrica: uma aposta contínua

A SEAT prevê investir 5 mil milhões de euros até 2025 em projetos de Investigação & Desenvolvimento relacionados com a construção de novos modelos elétricos, bem como em equipamentos e instalações da fábrica da marca situada em Martorell, Espanha, com o objetivo, entre outros, de eletrificar a gama.

Além do lançamento de novos modelos elétricos e híbridos plug-in, a SEAT vai desenvolver também uma nova plataforma em colaboração com a Volkswagen. Com chegada prevista para 2023, esta deverá ser uma versão mais pequena da plataforma do Grupo Volkswagen destinada a modelos elétricos, a MEB. A nova plataforma deverá ser usada por várias marcas com o objetivo principal de permitir desenvolver veículos elétricos acessíveis com um preço base abaixo dos 20 mil euros.