|
|
|
É a primeira mulher à frente do programa da universidade Carnegie Mellon em Portugal e chega ao cargo com um percurso profissional ao qual é impossível ficar indiferente: engenheira informática, investigadora em inteligência artificial, professora associada no Instituto Superior Técnico, presidente do INESC ID (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores) e uma das 101 investigadoras que o Centro Ciência Viva homenageou no livro “Mulheres na Ciência”. Memorize este nome: Inês Lynce. |
Ao Manuel Pestana Machado, a investigadora explicou o que é isto de ser mulher num universo que é maioritária e tradicionalmente composto por homens, o que se pode fazer para mudar esta (desequilibrada) realidade, que outras mulheres a inspiram, qual é o futuro da inteligência artificial, que perigos representa (ou não), como se pode ter este tipo de tecnologia ao serviço dos setores públicos, como a saúde, entre outras coisas. É uma entrevista para ir lendo, com a atenção e a reflexão que ela exige. Mas que vale muito a pena. |
Agora, se me permite, vou rodar o microfone e pô-lo à frente de Diogo Aires Conceição, responsável pela Uber Eats em Portugal, com quem conversei no final da semana passada. O mote da conversa dispensa enquadramentos, mas vou fazê-los na mesma: as várias queixas que os restaurantes fazem às comissões praticadas pela tecnológica; as acusações públicas de abuso de poder de mercado e a exposição à Autoridade da Concorrência; a guerra que Fernando Medina ameaçou fazer contra estas plataformas, prometendo uma app alternativa; e o limite de 20% imposto pelo Estado nas comissões. |
Sobre tudo isto, Diogo Aires Conceição quis esclarecer que “as comissões não são lucro”, são receita, e que retirados todos os custos com os estafetas, desenvolvimento tecnológico e apoio comercial esta receita se transforma em prejuízo. “Não estamos a roubar dinheiro, estamos a perder”, disse-me antes de falar das três cidades em que a Uber teve de deixar de operar e do plano de expansão para outras dez que teve de ser cancelado. Sobre esta entrevista, dou-lhe o mesmo conselho: é para ir lendo com tempo. De preferência, longe destas cinco coisas que podem estar a espiá-lo sem saber. Não acredita? |
Pode não estar a acreditar, mas esta nossa carta de hoje fica por aqui. Eu fico à distância de um email, para o que der e vier :) Como sempre. |
Até terça! |