Em períodos de recuperação económica acompanhados pelo retorno ao “novo normal” no pós-pandemia, a exigência de maior velocidade na prossecução do desenvolvimento de negócio é um requisito basilar. Nesse sentido e vivendo um período em que as operações sofreram ou podem ainda estar a sofrer de instabilidade e perturbação, o papel da automatização de processos torna-se absolutamente decisivo.

Melhorar os níveis de competitividade face à concorrência num contexto de mercado exigente é um desafio que obrigará muitas organizações a procurar a excelência operacional por via da inovação digital. Os processos, como base da cartografia do negócio, desempenham uma função crucial, tanto ao nível da simplificação como da sua melhoria. Trata-se de procurar fazer mais, melhor, com menos e num contexto mais adverso.

Este desafio tem subjacente a adaptação do mercado de trabalho e dos modelos de educação na aquisição e desenvolvimento de novas competências digitais, num processo de aprendizagem contínuo ao longo da vida. Neste momento, o desenvolvimento de competências sobre automação de processos é particularmente relevante e uma demonstração dessa importância está no facto de ser a segunda profissão mais procurada em 2020 no Linkedin USA (“2020 Emerging Jobs Report”). Aparecem novas formas de trabalhar que vão exigir um conjunto de ajustamentos de ordem operacional, nomeadamente ao nível da forma como se gere capacidade.

A evolução tecnológica tem vindo a permitir acertar cada vez mais no cálculo entre a capacidade operacional instalada e a que é efetivamente utilizada para atingir os objetivos de negócio definidos. Quando os processos são transformados de forma a que a sua execução dependa de humanos e robots, torna-se ainda mais transparente toda a gestão da capacidade operacional.

A libertação de recursos humanos para atividades de valor acrescentado ou o simples aumento da capacidade de produção por via da complementaridade humano-robot, traduzem-se em níveis de aceleração de negócio nunca antes vistos. Tudo isto numa relação equilibrada em que humanos têm uma melhor experiência profissional e os negócios com melhores desempenhos vão ganhando terreno para crescer e prosperar. A simbiose perfeita que coloca tecnologia ao serviço da humanidade no momento em que esta última mais precisa. Nunca tivemos os níveis de ergonomia digital que temos hoje e estando tão perto da razão que procura desenvolver as capacidades do Homem – a ecologia humana.

A combinação entre tecnologia de automação de processos e o desenvolvimento de novas competências humanas ao serviço das novas formas do trabalho, promovem um ciclo virtuoso de aceleração do negócio que se pode autodesenvolver e assim responder cabalmente aos desafios subjacentes à recuperação económica de um período pós-pandémico.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR