A semana que hoje começa ameaça levar ao rubro o confronto sobre o Brexit na cena política britânica. A semana que passou já foi uma das mais quentes deste (demasiado) longo processo — devendo ser recordado que o referendo teve lugar em Junho de 2016, há mais de três anos.

Dois tipos de reacções tendem a responder a este penoso espectáculo: entre a maioria da opinião publicada, cresce o radicalismo na defesa entrincheirada de uma das partes contra a outra; entre a maioria da opinião pública, cresce o aborrecimento e a indiferença perante uma novela demasiado prolongada.

Compreendo o aborrecimento da opinião pública, de que até certo ponto partilho. E discordo da radicalização da opinião publicada, bem como, sobretudo, da bizarra radicalização entre as partes envolvidas. Além disso, todavia, creio que pode existir uma “terceira via”: procurar, com algum distanciamento, reflectir sobre os aspectos mais marcantes de todo este processo — que, convém apesar de tudo não esquecer, ocorre na democracia parlamentar mais antiga do planeta.

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