Estamos a poucas horas do Congresso do CDS, muito em breve ficaremos a conhecer o novo Líder do CDS!

Os congressos dos partidos, em especial aqueles em que se disputa a liderança, nem sempre são bem entendidos e percecionados. Um olhar superficial, uma avaliação externa poderá facilmente concluir por momentos de enormes divergências, de grandes diferenças, de implacáveis disputas.

Um grande equívoco.

Os congressos disputados são palco de apaixonadas conversas e discussões, mas não de grandes diferenças. Há um antagonismo face à extrema esquerda do Bloco de Esquerda ou do Partido Comunista. É clara a oposição ao Partido Socialista. São longas as divergências do Partido Social Democrata. Entre os diferentes candidatos há perspetivas complementares relativamente ao Portugal que desejam, há pequenas diferenças nos caminhos a seguir. Não há colossais afastamentos. Seria estranho. Estão todos na mesma casa, perfilham todos a mesma declaração de princípios. Entre os candidatos e respetivas equipas há amigos de longa data que em momento algum permitirão que as suas amizades sejam beliscadas pelo trilho político.

Enganam-se os que antecipam um rasgar de vestes. O Congresso do CDS será um grande debate político, um exemplo de Democracia e de amor a Portugal.

Teremos este fim-de-semana um importantíssimo congresso que ficará na história do CDS. Tão importante como todos os que escolheram uma nova liderança, tão emocionante como todos os que tiveram essa liderança a ser disputada. Não consigo sentenciar este congresso como o mais difícil da história do CDS. Não consigo ver no momento que vivemos o pior da história. Não consigo percecionar a morte anunciada.

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Não terão sido mais difíceis os congressos em que antigos Presidentes tiveram que regressar por não haver quem quisesse ou conseguisse liderar o partido? Não terão sido piores os momentos em que vimos fundadores partirem para o Partido Socialista, um antigo Presidente a integrar o Governo de José Sócrates, um antigo Presidente filiar-se no PSD ou um antigo Presidente formar um partido contra o CDS? Não estaria o partido mais moribundo se nenhum candidato houvesse ou se ao final de 40 anos tivéssemos um partido de um Homem só?

Os resultados eleitorais recentes fazem desta disputa um momento muito sério? Naturalmente que sim!

A seriedade do momento obriga a um exercício de racionalidade acrescida em que é sempre saudável a identificação das características que o próximo líder deverá recolher:

Gostar do CDS
Conhecer Portugal
Ter experiência e a melhor equipa
Agregar e unir com tolerância e bom senso
Ser um firme e reconhecido opositor ao Socialismo
Gostar do CDS significa comungar dos princípios e valores do CDS. Significa gostar da vida interna do partido, participar com gosto nas suas iniciativas. Nas nacionais e nas locais. Ouvir com interesse e curiosidade intelectual os militantes do partido, de todos os cantos do país. Quem conhece o João Almeida sabe que ama o CDS. Esteve sempre presente na vida do CDS. Aceitou sempre com gosto todos os desafios e convites que os militantes e dirigentes lhe endereçaram. Nunca lhe custa. Está sempre com vontade.

Gostar do CDS significa nunca menorizar o CDS, muito menos nos momentos mais difíceis. O João Almeida não aceita a comparação dos princípios, dos dirigentes, da dimensão e da história do CDS às de pequenos partidos que se constituem em pequenos fenómenos datados. O João Almeida exige o respeito que se exige aos fundadores da Democracia, o respeito que mais de 45 anos de história merecem, muitos dos quais no Governo de Portugal.

Conhecer Portugal significa conhecer a história de Portugal. Estou certo que todos os candidatos conhecerão. Tão certo quanto estou de que nenhum conhece os recantos de Portugal como o João Almeida. As cidades, as vilas, as aldeias. Também as suas gentes. As escolas. As tradições. As empresas. Saber interpretar Portugal com a mente e a cultura de cada região. Todos recebemos o João Almeida nas nossas terras dezenas de vezes ao longo dos anos. Ele conhece-nos. É um de nós. Foi ao nosso lado que conheceu o país. Porque o convidámos, ou porque prontamente se apresentou ao nosso lado sempre tivemos um combate com os nossos adversários da Esquerda. Antecipo com alguma segurança que não haverá congressista que não tenha tido o João Almeida ao seu lado nos seus combates eleitorais. Esteve sempre presente. Conheceu-nos e conhece o país a combater connosco.

Presidente da Juventude Popular, Membro de Assembleia de Freguesia e de Assembleia Municipal. Deputado à Assembleia da República e Secretário de Estado. Os anos de vida partidária foram sempre anos de disputa eleitoral. O João Almeida foi sempre à luta, conquistou a pulso todas as responsabilidades que exerceu. Em todas mereceu o respeito dos eleitores que representava e dos pares que desafiava. Construiu capital político e credibilidade junto da sociedade civil que o respeita e reconhece. É notória a sua capacidade de aconselhar-se e rodear-se de equipas de luxo. Profissionais de mérito incontestado, cidadãos do Mundo. Tem sido assim ao longo dos anos.

Construtor de consensos e de equilíbrios. Às provas de tolerância pela diferença, acrescenta firme convicção. Com elegância. Um forma de estar que tem permitido ao João Almeida levar a bom porto as suas posições e propostas. No partido e nos múltiplos órgãos políticos e de soberania onde tem exercido funções. Sem história de incompatibilidades com os seus opositores. Fez história ao fazer aprovar por unanimidade o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e Gestão do Banco, do qual foi relator. Faz agora uma campanha para a presidência do partido focada no futuro que quer para Portugal. Limpa. A única que não entra em conflitos, nem pretende conquistar votos a denegrir os protagonistas do passado. É esta capacidade de agregar que o ajudará a unir o partido após congresso, e que lhe permitirá ver aprovadas as suas propostas na Assembleia da República.

Por último, tenho a certeza que o Socialismo moderado e o Socialismo radical encontrarão no João Almeida um fortíssimo opositor. O João Almeida acredita na liberdade. Absoluta. Sem condicionalismos. Sem paternalismo. Acredita que terão que ser os Portugueses a encontrar o seu rumo, a superar os seus desafios. Rejeita o Estado omnipresente, hipotético garante de rendimento, felicidade e bem-estar.

Bater-se-á por um Estado muito menos presente na vida das Pessoas, muito menos interveniente na Sociedade. E por isso muito mais leve e menos consumidor de impostos. Bater-se-á por um Estado que não se apropria da riqueza gerada pelo trabalho, pelo conhecimento, pela inovação e pela ciência. Bater-se-á por um Estado que não consuma mais do que a Economia pode gerar. Não desistirá de construir um país onde conquista e sucesso dependam da entrega e mérito de cada um, independentemente das suas origens e meios. Com oportunidades iguais. Para todos.

Por tudo isto apoio o João Almeida. Pela sua história e experiência. Pela vontade e capacidade. Pela diversidade!

Não quero o partido da pureza. Da cristalização ideológica. Dos valores perfeitos. Gosto da diversidade. Da complementaridade. Da diferença.

Tal como no vinho, não quero um partido monocasta. Prefiro sempre o blend das Vinhas Velhas.