Seria fastidioso avançar aqui com mais um bloco de estatísticas destinado a mostrar – com números do INE, do EUROSTAT e do Banco de Portugal – que o país cor-de-rosa afinal tem matizes de cinzento carregado, sobretudo se atentarmos no horizonte.
O Primeiro-Ministro, que esta semana voltou a mostrar que transborda de optimismo acerca das perspectivas de evolução para a nossa pequena Economia, insiste em não dar a mínima atenção ou muito menos apresentar um pensamento estratégico de correcção para factos inegáveis da nossa situação económica.
E por isso não posso deixar de destacar a “tendência descendente” na evolução do PIB, que o Banco de Portugal assinala, o aumento progressivo do distanciamento face à média Europeia do nosso PIB per capita, o decréscimo do consumo privado, a desaceleração das exportações, em simultâneo com as importações que “deverão apresentar uma trajetória de aceleração progressiva”. E assim se confirma, de acordo com a mesma Instituição, uma “trajetória de abrandamento do rendimento disponível real em 2020-21”.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.