Arroios quis chamar a si a resolução direta de problemas graves que afectam a nossa freguesia e conseguimos conquistar a maior verba da Câmara Municipal de Lisboa nos chamados contratos de delegação de competências (CDC).

Todos os estudos de opinião indicam que os portugueses acreditam que as autarquias locais, em particular as juntas de freguesia, são os órgãos mais credíveis e mais próximos das populações. Merece, por isso, um forte aplauso que nos respeitem e nos reconheçam esta capacidade para resolver as preocupações mais diretas, os anseios mais imediatos e as necessidades mais fundamentais dos habitantes, fregueses e vizinhos que servimos.

Como foi noticiado, a Câmara Municipal de Lisboa assinou no dia 16 deste mês os referidos CDC com as 24 freguesias da cidade, num investimento de 50 milhões de euros até 2025 que serão aplicados em 368 intervenções. Estes contratos de investimento 2023-2025 estão divididos em cinco eixos programáticos: territórios próximos, territórios sustentáveis, territórios dinâmicos, territórios solidários e territórios saudáveis.

Na freguesia de Arroios, os CDC simbolizam muita coisa. Em primeiro lugar, representam uma aposta na valorização das zonas verdes que trazem mais vida e melhor ambiente à nossa cidade. Oferecem-nos também a capacidade de manutenção das nossas ruas, a reabilitação de espaços verdes para os nossos cidadãos, assim como uma aposta nos mercados, eixos centrais do nosso comércio tradicional e uma garantia de subsistência para milhares de pessoas.

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De facto, Arroios recebeu o valor mais elevado, num total de 3,59 milhões de euros, para iniciativas tão importantes como a reabilitação e a requalificação do espaço público, do Jardim Constantino ao Jardim António Feijó, na Igreja dos Anjos, passando pela Praça das Novas Nações, o Miradouro do Monte Agudo e o Mercado de Arroios.

O problema da mobilidade, com a manutenção de acessos e a segurança pedonal e rodoviária, é outra das áreas com maior investimento, destinado às ruas de Arroios e Gomes Freire, ambas claramente a necessitar de uma intervenção. Destaque também para os serviços públicos, com a qualificação e a criação de equipamentos, espaços e projetos, em que figura de novo o nosso fantástico Mercado de Arroios.

Tudo isto implica uma capacidade muito específica: a capacidade de nós conseguirmos, enquanto decisores e executores políticos, olharmos para a cidade e percebermos onde é que podemos mudar, para ir mais além. De que forma podemos, por exemplo, ligar uma escola a um espaço público, tornando uma praça numa zona lúdica, em que o verde tenha presença e onde pais e filhos possam estar em condições de total segurança.

Saber como pegar numa rua caótica e barulhenta, devolvendo-lhe a paz, com espaço para todos, desde o peão até ao carro. Conseguir trazer um mercado para o séc. 21, tornando-o mais moderno, dinâmico e competitivo. Como transformamos os nossos jardins em zonas verdes, que sejam também espaços orgânicos, com locais para as mais diversas atividades, para o desporto e para os passeios em família, que possam incluir os nossos amigos de quatro patas.

Por tudo isto, parece-me mais do que justo um elogio e um aplauso à capacidade de visão do atual executivo camarário em Lisboa, a começar no presidente, Carlos Moedas, mas nunca esquecendo o vereador Diogo Moura. A aprovação integral da nossa proposta de delegação de competências, que tanto esforço nos deu a preparar, permite agora a execução de muitos dos nossos sonhos e das nossas responsabilidades.

Vamos continuar a trabalhar para que Arroios se torne, cada vez mais, num território para todos: mais verde, mais vivo e mais solidário.

Um lugar de todos.