Os resultados consolidados do Grupo TAP registaram um forte agravamento em 2014, segundo os números avançados no relatório e contas relativo ao exercício do ano passado. Os prejuízos subiram para 85,1 milhões de euros, o que representa um agravamento de 79,2 milhões em comparação com o resultado negativo registado em 2013, conforme reconhece a empresa.

Para explicar estes números mais negativos, a empresa afirma que “o resultado apresentado pelo Grupo situou-se abaixo das expetativas, largamente influenciado pelo impacto das greves na operação, pelo custo associado ao fretamento de aviões e, na vertente dos proveitos, pela redução de yield no Brasil e na Europa”. Retirando aos resultados consolidados os custos de financiamento e os impostos pagos, o balanço seria positivo em 2,6 milhões de euros, embora refletindo uma queda de 41,5 milhões de euros quando se faz a comparação com 2013.

A TAP SGPS assinala “a estagnação de proveitos em vendas e serviços prestados” na área do transporte aéreo durante 2014. Para este desempenho contribuíram “o atraso sentido na entrega, e consequentemente na introdução, das novas aeronaves, assim como as inúmeras greves, e ameaças de greve, ocorridas durante o ano de 2014, forçando a TAP a incorrer em custos extraordinários com o fretamento de aeronaves, com a compensação e com a realocação de passageiros, e em perda de receitas por bilhetes não vendidos”, refere a administração no relatório, que acrescenta, ainda, o impacto das paralisações laborais na “marca e imagem” da transportadora aérea.

Os capitais próprios do Grupo mantêm-se em terreno negativo e a situação registou um agravamento em relação a 2013, com o indicador a evoluir de 373 milhões de euros naquele ano para perto 512 milhões de euros no ano passado. As responsabilidades refletidas no passivo corrente aumentaram de 1.248 milhões de euros em 2013 para 1.535 milhões de euros no ano seguinte.

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