O parlamento regional do cantão de Ticino, no sul da Suíça, aprovou a proibição do uso da burqa. A decisão foi tomada em 2013 em referendo com dois em cada três dos habitantes daquela região a votarem favoravelmente a proibição daquele traje. A proibição não abre qualquer exceção para turistas e as multas para quem insistir em usar burqa oscilam entre 92 euros a 9200 euros.

Durante a aprovação desta lei no parlamento, a segurança foi reforçada com a instalação de detetores de matais de modo a garantir que não havia qualquer perturbação durante a sessão, segundo relata a agência ATS. O Governo queria alargar a proibição a qualquer traje ou objeto que cobrisse a cara como máscaras, mas os deputados apenas incluíram as burqas e os niqab.

Ticino situa-se no sul da Suíça e a língua oficial é o italiano. Em 2013, quando esta matéria foi referendada e recebeu 65% dos votos favoráveis dos habitantes desta região, a campanha ficou a cargo de Giorgio Ghiringhelli, antigo jornalista e ativista político. Outros cantões suíços já tinham referendado esta questão, mas as populações tinham recusado acabar com o uso tanto da burqa como do niqab.

Esta decisão virá reacender o debate um pouco por toda a Suíça, já que forças da extrema-direita pretendem banir não só a burqa e o niqab, mas também a construção de minaretes das mesquitas. A burqa não é permitida em França e na Bélgica.

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