O presidente-executivo dos CTT, Francisco de Lacerda, manifestou-se otimista em relação ao Banco CTT, considerando que se trata de “uma proposta que faz sentido” e que “vai ter bastante aceitação no mercado”.

O gestor, que falava aos jornalistas na Loja dos CTT, esta sexta-feira, nos Restauradores, em Lisboa, no dia em que o Banco CTT abriu as portas ao público em 52 lojas, em simultâneo em todo o país, disse também que a nova instituição financeira vai ser “competitiva no mercado bancário”.

Francisco Lacerda referiu que o Banco CTT “tem algumas vantagens”, como a proximidade à população portuguesa, a confiança e reconhecimento que há em relação à marca CTT e por arrancar com um banco ligado a uma rede, que já existe, de estações de correio ou rede de lojas.

“A rede de lojas que já existe dá-nos uma vantagem de custos por partilha de uma infraestrutura que é muito apreciável”, salientou o gestor.

O Banco CTT, que vai oferecer soluções de crédito à habitação até ao final do ano, disponibiliza atualmente aos clientes contas à ordem sem custos de manutenção e depósitos a prazo, entre um mês e um ano, com uma taxa de juro fixa de 0,5%.

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A anuidade do cartão de débito e as transferências serão livres de custos e para quem quiser associar a sua conta Banco CTT ao seu ordenado ou à sua pensão, terá a possibilidade de aceder a “um descoberto autorizado”.

Francisco de Lacerda disse também aos jornalistas que o banco inicia a operação em 52 lojas, mas ao longo do ano irá fazer aberturas sucessivas, contando que no final de 2016 o número atinja as 200 lojas.

“No plano de negócios do Banco CTT está previsto serem investidos progressivamente 170 milhões de euros nos próximos três anos”, disse à imprensa Francisco de Lacerda.

“O Banco CTT deverá alcançar o ponto de equilíbrio entre as receitas e os custos (sigla em inglês break-even) no terceiro para o quarto ano de atividade”, esclareceu.

O Banco CTT vai ter uma forte presença nos canais digitais, através do serviço de homebanking [banca pela internet] e de aplicações móveis de última geração.

Os CTT investiram 23,5 milhões de euros no Banco CTT, menos do que os 30 milhões previstos inicialmente.

A nova instituição abriu 52 lojas em simultâneo pelos 18 distritos de Portugal, nove das quais nas cidades de Lisboa e Porto.

Foram recrutadas 100 pessoas do setor bancário para os serviços centrais, tendo os restantes 500 colaboradores dos CTT recebido formação, em articulação com o Instituto de Formação Bancária.