Uma nova abordagem terapêutica para o cancro do pulmão valeu a Ana Sofia Silva o prémio de melhor tese de doutoramento, atribuído pela Sociedade Internacional para os Avanços em Fluidos Supercríticos, refere um comunicado do Programa MIT Portugal.

“[Os resultados da tese] revelam as vantagens extraordinárias de conjugar nanotecnologia, biologia molecular, ciências de polímeros, engenharia química e tecnologia de fluidos supercríticos, para desenvolver sistemas robustos e confiáveis para o tratamento do cancro do pulmão por administração pulmonar”, diz Ana Sofia Silva, citada no comunicado de imprensa.

Estes sistemas nanoparticulados (de 0,5 e 5 micrómetros) são tão pequenos que podem ser inalados e chegar às zonas mais profundas do pulmão, uma lacuna que muitos tratamentos atuais têm. Depois de otimizar as nanopartículas com “o objetivo de minimizar os custos, impacto ambiental e uma eventual toxicidade”, Ana Sofia Silva desenvolveu sistemas que permitem silenciar os genes associados ao cancro.

Por enquanto, os “pós” foram testados em ratos de laboratório saudáveis para analisar a capacidade das nanopartículas de chegar às regiões alvo. “Os resultados obtidos são extremamente motivadores e mostram que as formulações desenvolvidas são adequadas para aplicação futura em terapia génica do cancro do pulmão através da administração pulmonar”, refere o comunicado.

Ana Sofia Silva foi aluna do programa doutoral MIT Portugal na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no âmbito do qual escreveu a premiada tese: “Multifunctional nano-in-micro formulations for lung cancer theragnosis”. O prémio bienal foi entregue no 16º Encontro Europeu de Fluidos Supercríticos em Essen, Alemanha, a 11 de maio de 2016.

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