O Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá participar no resgate à Grécia desde que a “análise à reestruturação da dívida mostre que a mesma se torne sustentável”, afirmou esta quarta-feira o diretor da delegação do Fundo na Europa, Poul Thomsen.

Na conferência de imprensa após o Eurogrupo, em Bruxelas, que aprovou a disponibilização de 10,3 mil milhões de euros à Grécia, Thomsen indicou que o FMI “sempre achou que a dívida é insustentável e que era necessário um alívio”.

O responsável manifestou-se satisfeito com o acordo alcançado sobre “metodologia e objetivos” do processo de alívio da dívida.

Assim, os técnicos do FMI vão recomendar que o Fundo integre o acordo financeiro com Atenas até ao final do ano.

Os ministros decidiram que a primeira a tranche de 7,5 mil milhões de euros chegará à Grécia em junho, enquanto outros 2,8 mil milhões deverão ser entregues após o verão caso os gregos cumpram os compromissos assumidos.

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Em causa está a necessidade de implementar medidas a nível, designadamente, de pensões e privatizações, assim como no setor bancário e energético.

O dinheiro libertado deverá servir ser usado para pagar contas pendentes e serviço da dívida, já que a Grécia tem retornos significativos a fazer ao Banco Central Europeu (BCE) e do FMI.

O Eurogrupo deu assim luz verde para a finalização da primeira revisão do terceiro resgate, apesar de, nos próximos dias, o Grupo de Trabalho do Euro ir verificar a implementação de algumas ações prévias requeridas a Atenas.

Na conferência de imprensa após a reunião, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem indicou que um eventual alívio da dívida grega será avaliado no final do programa de resgate, a meio de 2018.

Também o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, saudou o “acordo decisivo alcançado hoje”, comentando que se tratou de “um virar de página nesta longa história”, possível graças ao empenho de todos.