Quarta-feira, 19 de outubro. Esta é a data prevista de chegada do veículo espacial Schiaparelli à atmosfera de Marte, cuja conceção recebeu importantes contribuições de investigação e engenharia portuguesas.

O veículo integra a missão ExoMars da Agência Espacial Europeia (ESA) e pretende demonstrar as capacidades do velho continente — leia-se Europa — para fazer aterrar veículos espaciais naquele planeta. A ser bem-sucedida, será a primeira aterragem da ESA em Marte. Esta missão precede uma outra que tem como objetivo conseguir aterrar um veículo robotizado, já em 2018.

Voltemos à contribuição nacional: a HPS Portugal, sediada no Porto, ficou encarregue de desenhar parte do isolamento térmico do veículo de reentrada, enquanto a ActiveSpace Technologies, em Coimbra, participou na seleção do local de aterragem em Marte. Já o laboratório do Instituto Superior Técnico, o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), com morada em Sacavém, participou na projeção das proteções térmicas da nave espacial.

O IPFN é um laboratório líder na investigação dedicada a plasmas hipersónicos de entrada atmosférica, tendo os seus investigadores contribuído em várias missões europeias de exploração planetária, como a missão Huygens, datada de 2005, que permitiu a primeira aterragem na Lua de Saturno Titã.

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