A publicação alemã WirtschaftsWoche acusou o Ford Mondeo, conhecido por Fusion no mercado americano, de utilizar dispositivos fraudulentos destinados a enganar o sistema de controlo de emissões poluentes durante os testes para homologação, em banco de ensaio. Isto levou a um inquérito, por parte das autoridades germânicas através da Kraftfahrt-Bundesamt (KBA), que está a analisar à lupa o Ford Mondeo, na versão turbodiesel 2.0 TDCI.

A Ford Europa já respondeu à KBA, através de Gunnar Herrmann. “Não enganámos nem recorremos a truques para reduzir os níveis de emissões dos nossos motores”, declarou este responsável. E reforçou esta mensagem com outra: “As nossas motorizações, incluindo o 2.0 TDCI, cumprem todas as normas europeias.”

O Ministro dos Transportes alemão recusou fazer qualquer comentário a estas declarações do construtor, admitindo apenas que a investigação está em curso, na linha de outras que envolveram fabricantes germânicos – todos eles – mas também italianos e franceses.

Entretanto, e talvez devido à polémica que envolve os motores diesel, desde o início do Dieselgate, há já dois anos, os motores que queimam gasóleo continuam a perder popularidade. Se bem que uma possível explicação possa igualmente ser encontrada junto da cada vez maior oferta de motores a gasolina mais eficazes – sobrealimentados, mais pequenos e menos “gulosos” –, a realidade é que o mercado alemão, que sempre foi maioritariamente diesel, registou uma penetração deste combustível de 46,9% em 2016, percentagem que baixou para somente 41,3% nos primeiros seis meses de 2017.

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