De acordo com os últimos dados divulgados, as vendas globais de novos veículos, no primeiro semestre do ano, atingiram 44,75 milhões de unidades, o que significa que, comparativamente ao período homólogo do ano anterior, caíram 7%.

A descida deve-se especialmente ao comportamento dos consumidores norte-americanos e chineses e afecta todos os segmentos, à excepção das pick-ups. Até os SUV, que nos últimos sete anos têm sido o grande “pulmão” das vendas, acusam uma queda. Em concreto, de 3,1%, comparando com as matrículas registadas na primeira metade de 2018 – 15,06 milhões (2019) de unidades versus 15,54 milhões (2018). Ainda assim, esta classe de veículos viu a sua quota de mercado atingir 37,5%, o que não deixa de ser sintomático da (sólida) tendência dos clientes para privilegiarem este tipo de carroçaria.

Tal como foi responsável pelo boom dos SUV em 2013, o maior mercado automóvel do mundo, a China, é agora o principal responsável pelo primeiro declínio registado na procura deste tipo de modelos, com um recuo de 15% das vendas, entre Janeiro e Junho deste ano. A descida global nas vendas de SUV só não foi mais violenta por “cortesia” de 3,7 milhões de clientes europeus (crescimento de 6% face a igual período de 2018) e também pelo aumento da procura nos EUA e Canada, nomeadamente com um incremento de 2% e de 1%, para um total de 4,30 milhões de novos registos.

Apesar deste “arrefecimento global” na aquisição de novas viaturas, os SUV continuam a ser responsáveis por mais de 40% do total de vendas de ligeiros de passageiros em 19 países, incluindo Estados Unidos e China. É expectável que esta queda só tenha continuidade se a oferta não vier a ser actualizada com algum tipo de electrificação que permita aos construtores, por um lado, cumprir as novas metas de CO2 a que estão obrigados e, por outro, que deixe aos clientes a possibilitar de optar pela carroçaria que mais lhes agrada, mas sem que isso lhes “pese” no bolso.

Os SUV nipónicos dominam o top 10 dos SUV mais vendidos mundialmente, no primeiro semestre do ano, como pode verificar na fotogaleria. No ranking global é ainda de realçar o salto dado pelo ‘português’ Volkswagen T-Roc, que viu as suas vendas dispararem 133%, cifrando-se em 169.115 unidades. O SUV alemão ocupa, assim, o 17.º posto na tabela dos mais vendidos. Destaque ainda para o Dacia Duster que, embora exclusivamente comercializado na Europa, consegue estabelecer-se na 14.ª posição com 185.215 novas matrículas entre Janeiro e Junho, um aumento de 9% face a igual período do ano anterior.

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