No mesmo período de tempo o número de atendimentos nas urgências diminuiu, de acordo com os números da monitorização da atividade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) referentes a março deste ano, a que a agência Lusa teve acesso. Esses dados mostram um crescimento de 4,7% nas intervenções cirúrgicas, mas graças a um aumento das cirurgias em ambulatório. Aliás, as cirurgias convencionais tiveram mesmo um decréscimo de 1,4% no primeiro trimestre do ano em comparação com o período homólogo do ano anterior. Pelo contrário, as operações em ambulatório cresceram 9,6% e representam já 57,8% das 147.104 cirurgias realizadas entre janeiro e março de 2014.

A Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS), que elabora o relatório de monitorização, lembra que as cirurgias de ambulatório “realizam-se com a possibilidade de o doente ser operado e ter alta no mesmo dia, melhorando a sua comodidade”.

As consultas nos hospitais do SNS aumentaram 5,4% no primeiro trimestre em comparação com o anterior período homólogo, tendo-se registado um acréscimo superior a 160 mil consultas. As primeiras consultas nos hospitais continuam a ter um peso reduzido em relação às consultas subsequentes.

Nos centros de saúde, o número de consultas sofreu poucas alterações, com uma variação positiva de 0,9%, o que significou a realização de mais de 7,6 milhões nos três primeiros meses do ano. “É desejável que ocorra transferência de cuidados nos hospitais para os cuidados de saúde primários, aumentando o acesso às primeiras consultas hospitalares e uma redução das consultas subsequentes”, refere o relatório da ACSS.

A ACSS concluiu que “as consultas domiciliárias médicas e de enfermagem mantêm a tendência de crescimento desejável”. Foram registadas mais 18 mil consultas de enfermagem no domicílio, o que representou um aumento de 4,2% face a 2013. Já as consultas médicas ao domicílio apresentaram um aumento de 1,5% face a igual período de 2013 — mais 792 consultas.

Quanto às urgências, registou-se um decréscimo quer nos hospitais, quer nos centros de saúde. Nos hospitais houve menos 18.955 atendimentos de urgência no primeiro trimestre deste ano, num total de 1,53 milhões de episódios. Em comparação com o período homólogo do ano anterior, a redução foi de 1,2%. Nos Serviços de Atendimento Permanente (nos centros de saúde), a redução foi mais significativa, com menos 99 mil atendimentos, o que represente um decréscimo de 17,1%.

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