Os portugueses estão mais confiantes, de acordo com os dados revelados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O indicador de confiança dos consumidores, que em junho se situou no valor negativo de 27,6, atingiu o valor mais elevado desde Novembro de 2009, prologando o movimento positivo que tem vindo a ser observado desde o início de 2014. Em janeiro de 2014, situava-se nos 36,7 negativos.
Para a subida na confiança dos consumidores, contribuiu a evolução positiva da opinião dos portugueses sobre a situação económica do país, a situação financeira do agregado familiar, as expetativas de evolução da poupança e, sobretudo, as expetativas sobre a evolução do desemprego, que registaram o mínimo desde julho de 2001.
O indicador de clima económico acentuou o movimento de recuperação que tem vindo a traçar desde janeiro de 2013 e fixou-se, em junho de 2014, em 0,3. Os indicadores de confiança da construção e obras públicas e dos serviços também subiram, espelhando a recuperação da evolução da carteira de encomendas, entre outros aspetos.
Num movimento descendente, encontra-se o indicador de confiança da indústria transformadora, que rompeu com o ciclo de ascensão iniciado em dezembro de 2012. Em causa esteve “o contributo negativo das apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados, as opiniões sobre a procura global e das perspetivas de produção, o mais significativo”, diz o INE. O indicador de confiança do comércio também diminuiu em junho, após ter estabilizado no mês anterior.