Entre os bens apreendidos aos 36 arguidos condenados no processo “Face Oculta” há dinheiro, carros de luxo, mas também relógios e canetas caras. Há, até, garrafas de vinho e de uísque, máquinas de café Nespresso, baldes de gelo e … cabazes. O Tribunal de Aveiro considerou, esta sexta-feira, perdidos a favor do Estado os bens que terão sido adquiridos por vias ilícitas, mas devolveu aos legítimos proprietários todos os outros que terão sido adquiridos legitimamente.

Na lista de bens devolvidos aos arguidos está uma verdadeira frota de luxo: um Mercedes SL500 entregue ao arguido Paulo Pereira da Costa, condenado a três anos e três meses de prisão por recetação e associação criminosa. Um BMW 525 TDS utilizado por Manuel Nogueira da Costa, condenado a dois anos e seis meses de prisão pelos mesmos crimes. Ou um Mercedes-Benz, CL65 AMG, cujo valor comercial é de 284 376 euros. Um carro que terá sido emprestado por Manuel Godinho, o sucateiro condenado a 17 anos de cadeia, a António Paulo Costa e que será devolvido ao dono.

a favor do Estado, há um Audi A4 que tinha sido entregue a Mário Pinho, condenado a dois anos de prisão por associação criminosa e corrupção. Ou um Mercedes- Benz SL 500, avaliado em 32 050 euros que tinha sido entregue a Paiva Nunes, e que enfrenta uma pena efetiva de cinco anos de cadeia.

José Penedos vai ter que devolver um centro de mesa “Grand Lagoon” avaliado em 1432, 50 euros, uma caneta “Dupon” de 260 euros, vários cantis e uma fruteira, cujo valor total passa os mil euros. Se este material já não estiver na sua posse, terá que pagar o respetivo valor ao Estado.

Também Armando Vara vai ficar sem a sua caneta “Mont Blanc” de 240 euros, e a “Dupon” de 260 euros. Vara terá que entregar, ainda, um estojo com decantador “Herdade de Prata” no valor de 685 euros e dois relógios, cujas marcas “não foram apuradas” mas que custam um total de 6 288 euros. Se já não existirem bens, o Estado aceita dinheiro.

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