Ao mesmo tempo que decorre a Escola de Quadros do CDS em Peniche, que marca a rentrée política desta força partidária e é um dos eventos mais relevantes das celebrações dos 40 anos do partido, Manuel Monteiro, antigo líder, aceitou participar num evento da organização dos trabalhadores democratas-cristãos. Ao Observador, o ex-centrista diz que “está fora de questão” qualquer intervenção no plano partidário. Para já.

Em conjunto com Paulo Otero, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Jaime Nogueira Pinto, professor universitário e autor e Pinto Machado, ex-dirigente do CDS, Manuel Monteiro vai debater o novo ciclo da direita em Portugal. O convite é da Federação de Trabalhadores Democratas-Cristãos e o encontro realiza-se este sábado em Coimbra pelas 16h.

Ao Observador, o antigo líder do CDS desvaloriza esta participação, dizendo que nos últimos anos tem participado nalgumas iniciativas organizadas pelo partido, apesar de já se ter desfiliado há alguns anos. “Não está implícita qualquer vontade de voltar a intervir no plano partidário”, afirma Monteiro, insistindo que como professor universitário e investigador de Ciência Política, a sua intervenção política continua. Mas o regresso à política ativa como interveniente “está fora de questão”.

Sobre os festejos dos 40 anos do CDS e o facto de estar arredado de muitas comemorações — com outros líderes, vai contribuir para um livro –, Monteiro diz que “compreende” não ser convidado para grandes eventos do partido. “Se voltarei a ter intervenção partidária? Não sei”, diz Manuel Monteiro. Sobre convites fora do CDS para integrar novos partidos, o ex-centrista diz que eles existem muitas vezes de forma subjacente, mas que faz questão de “esclarecer as pessoas”.

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